sábado, 28 de novembro de 2015
terça-feira, 29 de setembro de 2015
sexta-feira, 18 de setembro de 2015
terça-feira, 1 de setembro de 2015
quarta-feira, 5 de agosto de 2015
A Origem do Dia dos PAIS.
Rio de Janeiro 09 de Agosto de 2015.
A origem do Dia dos Pais
A origem do Dia dos Pais
Ao que tudo indica, o Dia dos Pais tem uma origem bem semelhante ao Dia das Mães, e em ambas as datas a idéia inicial foi praticamente a mesma: criar datas para fortalecer os laços familiares e o respeito por aqueles que nos deram a vida.
Conta a história que em 1909, em Washington, Estados Unidos, Sonora Louise Smart Dodd, filha do veterano da guerra civil, John Bruce Dodd, ao ouvir um sermão dedicado às mães, teve a idéia de celebrar o Dia dos Pais. Ela queria homenagear seu próprio pai, que viu sua esposa falecer em 1898 ao dar a luz ao sexto filho, e que teve de criar o recém-nascido e seus outros cinco filhos sozinho. Algumas fontes de pesquisa dizem que o nome do pai de Sonora era William Jackson Smart, ao invés de John Bruce Dodd.
Já adulta, Sonora sentia-se orgulhosa de seu pai ao vê-lo superar todas as dificuldades sem a ajuda de ninguém. Então, em 1910, Sonora enviou uma petição à Associação Ministerial de Spokane, cidade localizada em Washigton, Estados Unidos. E também pediu auxílio para uma Entidade de Jovens Cristãos da cidade. O primeiro Dia dos Pais norte-americano foi comemorado em 19 de junho daquele ano, aniversário do pai de Sonora. A rosa foi escolhida como símbolo do evento, sendo que as vermelhas eram dedicadas aos pais vivos e as brancas, aos falecidos.
A partir daí a comemoração difundiu-se da cidade de Spokane para todo o estado de Washington. Por fim, em 1924 o presidente Calvin Coolidge, apoiou a idéia de um Dia dos Pais nacional e, finalmente, em 1966, o presidente Lyndon Johnson assinou uma proclamação presidencial declarando o terceiro domingo de junho como o Dia dos Pais (alguns dizem que foi oficializada pelo presidente Richard Nixon em 1972).
No Brasil, a idéia de comemorar esta data partiu do publicitário Sylvio Bhering e foi festejada pela primeira vez no dia 14 de Agosto de 1953, dia de São Joaquim, patriarca da família.Sua data foi alterada para o 2º domingo de agosto por motivos comerciais, ficando diferente da americana e européia.
Em outros países
Pelo menos onze países também comemoram o Dia dos Pais à sua maneira e tradição.
Na Itália, Espanha e Portugal, por exemplo, a festividade acontece no mesmo dia de São José, 19 de março. Apesar da ligação católica, essa data ganhou destaque por ser comercialmente interessante.
Reino Unido - No Reino Unido, o Dia dos Pais é comemorado no terceiro domingo de junho, sem muita festividade. Os ingleses não costumam se reunir em família, como no Brasil. É comum os filhos agradarem os pais com cartões, e não com presentes.
Argentina - A data na Argentina é festejada no terceiro domingo de junho com reuniões em família e presentes.
Grécia - Na Grécia, essa comemoração é recente e surgiu do embalo do Dia das Mães. Lá se comemora o Dia dos Pais em 21 de junho.
Portugal - A data é comemorada no dia 19 de março, mesmo dia que São José. Surgiu porque é comercialmente interessante. Os portugueses não dão muita importância para essa comemoração.
Canadá - O Dia dos Pais canadense é comemorado no dia 17 de junho. Não há muitas reuniões familiares, porque ainda é considerada uma data mais comercial.
Alemanha - Na Alemanha não existe um dia oficial dos Pais. Os papais alemães comemoram seu dia no dia da Ascensão de Jesus (data variável conforme a Páscoa) . Eles costumam sair às ruas para andar de bicicleta e fazer piquenique.
Paraguai - A data é comemorada no segundo domingo de junho. Lá as festas são como no Brasil, reuniões em família e presentes.
Peru - O Dia dos Pais é comemorado no terceiro domingo de junho. Não é uma data muito especial para eles.
Austrália- A data é comemorada no segundo domingo de setembro, com muita publicidade.
África do Sul - A comemoração acontece no mesmo dia do Brasil, mas não é nada tradicional.
Rússia - Na Rússia não existe propriamente o Dia dos Pais. Lá os homens comemoram seu dia em 23 de fevereiro, chamada de "o dia do defensor da pátria" (Den Zaschitnika Otetchestva).
Independente do seu lado comercial, é uma data para ser muito comemorada, nem que seja para dizer um simples "Obrigado Papai" !
Texto compilado das seguintes fontes
- O Guia dos Curiosos - Marcelo Duarte. Cia da Letras, S.P., 1995.
Sites:
http://www.pratofeito.com.br/pages.php?recid=2315
http://www.virtual.epm.br/uati/corpo/dia_pais.htm
http://educaterra.terra.com.br/almanaque/datas/pai.htm
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sábado, 11 de julho de 2015
DOS EXCLUÍDOS
AUTOR: DR.PERES
(Venceslau Peres de Sousa)
Editora: Líder
Empresarial Ltda.
Rio de Janeiro / RJ
Brasil, 2015
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PREFÁCIO
Não transpassar-se-ão
os tópicos abordados neste livro, sem o leitor envolver-se num sentimento
solidário voltado para os assuntos de puro interesse nacional e de sutileza
humanitária, levando-se em conta que o autor procura mostrar para os próprios
brasileiros de boa vontade, todos os
temas que estão vinculados à nossa consciência cívica como povo
brasileiro e, que tocam no âmago da nossa alma divina, quando encarados pelo
ponto de vista espiritual. Pois, somos sabedores de que, a materialidade é
simplesmente efêmera; por que então neste sentido, as pessoas – e especialmente
nossos irmãos brasileiros – são privados desses bens materiais
passageiros? Segundo observa-se nas
verdades narradas pelo autor, quanto à precariedade de meios materiais do povo
brasileiro, para manter a melhoria de suas vidas, é imperioso que lhe seja facultada
a mínima felicidade que o ser humano busca neste Planeta de provas e expiações
Conforme abstrai-se
deste livro, todos os fatos foram narrados com plena clareza, que expõem
incontestáveis verdades que o autor sustenta com sua simplicidade e humildade, e
os mostra de forma direta, franca, límpida e despojada de adornos retóricos,
como tema destituído do jargão tecnicista; constituindo-se numa experiência
nova. “O Brasil dos Excluídos,” foi
inspirado pelo autor num sentido de penetração no fundo da realidade da massa
populacional brasileira; esmiuçando-se meandros da estrutura política,
econômica e social do estado, chamando a atenção da sociedade brasileira no sentido de
fazer uma auto crítica, a fim perceber as injustiças sociais, modernizar-se e igualmente humanizar-se; será
necessário praticar a remoção de todos os
seus entulhos de concepções obsoletas, conceitos inadequados, visando adaptar-se
à realidade global do presente. “O Brasil dos Excluídos, “apresenta-se como uma
obra sem compromissos ideológicos e, isenta politicamente. Seu autor fez
questão de não pregar proselitismo de esquerda ou de direita ou de outras
posições, porque não está a serviço de quaisquer tendências partidárias ou
religiosas. Seu único compromisso é com a verdade. Ainda que ela não agrade a
muitos, a sua espontaneidade demonstrada na narração dos fatos que dispõe
diante do leitor, porque eles trarão elementos para formar um justo juízo de
valores; pois, o leitor, ganhará a oportunidade de refletir sobre as coisas do
Brasil – inclusive quanto à sua gente sofrida e honesta.
“O Brasil dos Excluídos,”
retrata a profundidade dos problemas específicos da Nação Brasileira. Embora,
confinado aos limites geográficos das fronteiras nacionais, o autor traçou sua enquete
com fatos acolhidos, dados alinhados, fenômenos analisados com precisão de
abrangência, mesmo sendo de âmbito nacional, porém, estendem-se a quase todo o
mundo. Portanto, transcendentes às fronteiras do Brasil mas, pertinentes aos
seus problemas. Principalmente por tratar-se do atual mundo globalizado. Nele, incluem-se
todos os países que possuem sua política de economia de mercado vinculada a
outros, na importação e exportação dos seus produtos. Como exemplo disso citamos
o que aconteceu com a então gigantesca prosperidade que proporcionou a
reconstrução da União Europeia; que, embora no momento passe por dificuldades,
porém, triunfou na época, com a formação do Mercado Comum Europeu, que transformou os interesses privados em
eficiência máxima, quando agregaram-se então, aos investimentos locais,
desemperrando estruturas empresariais, e as transformou na ocasião, naquela Europa
poderosa, antes da sua atual derrocada.
“O Brasil dos
Excluídos”, não deixará de causar impacto na consciência de cada
cidadão brasileiro, que fica, desde já, convidado a militar e repensar sobre a vida
político-social brasileira, que gravita em nível de preconceitos inteiramente
fossilizados com relação a uma justa distribuição de rendas – diminuindo sua
concentração nas mãos de poucos, em detrimento de muitos brasileiros – porque
ainda vemos na atitude de cada brasileiro próspero, a sua despreocupação para
com o estado de pobreza e miséria que atinge grande parte da população
brasileira; impondo-nos um quadro desolador do ponto de vista social e moral,
diante de um País rico em recursos naturais que poderia evitar tanto vexame
suportado amargamente, pela Nação Brasileira. Situação está, sobejamente
abordado e analisada pelo autor, que está bem estruturado nas suas críticas e
comentários, cuja sua visão de jornalista experimentado, na qualidade de editor
e idealizador da Revista Líder e do Jornal O
Líder Empresarial, analisa os fatos, fundamentando-se em farta experiência
jurídica e pedagógica, como também profissional destas áreas.
Os diversos
assuntos que o autor descreveu neste livro, não o fez tangido pelo ímpeto de
lamúrias, e não vê o futuro do País comprometido com a derrota de tantos
governantes seus, que vacilaram e demonstraram pouca capacidade administrativa.
Muito ao contrário: o autor encara as dificuldades pelas quais passou e passa o
Brasil, como um toque de alerta para todos os cidadãos brasileiros que desejam
pertencer a um Brasil forte, consolidado
em justiça social, combatente na
extirpação do baixo nível de ensino e saúde pública, rigoroso na extinção do
vergonhoso analfabetismo, vencedor no aniquilamento da fome e da miséria, severo
no combate à corrupção, que fazem o povo sofrer e, envergonhar-se na qualidade cidadãos
brasileiros perante o mundo. Pois, não nos basta sermos o País do futebol e do carnaval,
porque somos muito mais que isso! Os
tempos são outros, a velocidade dos progressos tecnológicos e científicos ante
a poderosa inteligência humana, multiplicam-se e, dinamizam-se pela
cibernética: os computadores, as redes sócias através da internet, e de outras tecnologias
avançadas; propiciando a bilhões de pessoas a interagirem-se nas redes de
comunicação em suas diversas modalidades. A produção industrial, comercial e a
prestação de serviços, multiplicou-se por milhões de vezes, favorecendo a todas
as coletividades. Por conseguinte, não mais permite-se a ninguém isolar-se da
prosperidade legada à Terra. As pesquisas científicas de alto nível,
representam instrumentos úteis e bastante suficientes para perceber-se a enormidade
das transformações que se farão necessárias para nos colocar na medida exata do
enfrentamento dos desafios dos nossos tempos. O autor alerta em diversos
capítulos deste livro, quanto ao prejuízo que o Brasil sofrerá e sobre a lesão
aos interesses dos seus compatriotas, se não erguer e brandir-se com coragem, a
forte vontade de arrancar da sua prosperidade, o fosso que impede a
participação de todos os brasileiros, no alcance das riquezas nacionais. E
isso, o autor frisa com muita ênfase, nos diversos temas deste livro. A lacuna
existente e, que nos separa do desenvolvimento mundial, estabelece este abismo
que deve ser transposto antes de tudo! Porque ainda estamos longe, e muito
distanciados da esteira do progresso das nações adiantadas; precisamos
percorrer a estrada da expansão econômica, abdicando-nos das nossas estruturas enferrujadas,
arcaicas, que nos tolhem a vontade de progredir.
A viabilidade e a concentricidade
da prosperidade da economia dependem da força propulsora da expansão permanente
de cada nação. O nosso Brasil ocupa a sétima
posição na economia mundial. Por
que não melhorarmos nossa posição cada vez mais? Segundo entendem as pessoas
especializadas no assunto, a fronteira entre a viabilidade e a estagnação, está
no tamanho da taxa de crescimento ao ano; que significa o progresso de qualquer
economia. Dentro dessa visão, é que visualiza-se uma economia em expansão, com
o indispensável desenvolvimento sustentável; crescente e, não
estagnando. Eis a receita que, uma nação terá que exercitar com vontade
própria, sem a intervenção do FMI da vida!
Observa-se que a
conclusão do autor, não mostra desalento; apresenta como desafio e alerta, o
tempo de agir e enfrentar as tantas vicissitudes que são peculiares em qualquer
enfrentamento de natureza socioeconômico; que corresponde à vertente da questão
abordada neste livro. As injunções suscitadas, são de caráter nacional
abrangente, os problemas e as mazelas nacionais são atinentes ao povo brasileiro
como um todo. A importância que o autor destaca neste livro, consiste no
diagnóstico da situação presente. Sua finalidade é a de acordar o Brasil para o
mundo da realidade social e, não deixar permitir-se que o País e a Nação,
mantenham-se na “realidade” do “faz de conta social,” diante dos olhos vorazes
do mundo, que nos veem com reservas. Somente assim, é que teremos a
possibilidade de atingir nosso desenvolvimento sustentável merecido, com todos
os benefícios da ciência e da tecnologia, explorados ao máximo, para nos
assegurarem melhores condições de vida, por meio do pleno domínio das forças do
nosso intelecto e da Natureza; alcançando nosso aprimoramento pleno para o
trabalho, gozo da prosperidade e bem-estar social, por sermos humano e criaturas
de Deus.
Marcelo
Peres de Sousa.
Maria Rita Rodrigues
Peres.
Sumário
INTRODUÇÃO
O Brasil, situa-se sobre 8.515.767,049km2,
que correspondem ao seu território. Em 1968, tinha a população de 90.193.000 de
habitantes. Atualmente tem cerca de 202 000 000 de habitantes. No ranking da
economia mundial, ocupa a sétima posição. Segundo a estatística do Banco Mundial,
de 03-04-2014. Possui o Rio Amazonas, o mais caudaloso do mundo e, a Floreta Amazônica,
a maior floresta tropical do mundo. Possui a Petrobrás, a lª estatal no ranking
brasileiro e a 4ª multinacional de capital aberto, na produção de petróleo.
Possui a Vale S. A. (antiga Vale do Rio Doce) atual empresa privada; a 1ª no ranking
do Brasil e a 2ª mineradora no ranking mundial; perdendo apenas para a
Austrália. O Brasil é o maior produtor de café do mundo. É o 2º maior produtor
de soja do mundo. É o 3º maior produtor de milho do mundo. É o 3º maior
produtor de algodão do mundo. É o 5º maior produtor de cacau do mundo. É o 2º
maior produtor de etanol do mundo. É o 7º maior fabricante de automóvel do
mundo. É o 13º maior produtor de petróleo do mundo. Possui o maior rebanho
bovino do mundo e, 4º maior rebanho suíno do mundo. É o maior exportador de
carne de frango e, 2º maior produtor de frango do mundo. A sua etnia, assim apresenta-se:
38% de indivíduos brancos; 20% de mestiços; 40% de negros e 2% de amarelos.
CAPÍTULO I -
EXODO RURAL
A
educação a saúde públicas do povo brasileiro, permanecem por conta do poder
público, que mantém a Nação envergonhada com o alto
índice de analfabetismo e, com a deplorável mortandade infantil; esta, é
reconhecida pela ONU, que coloca o Brasil na 97ª posição do ranking mundial, como
País onde ainda morrem crianças de até um ano de idade, por falta de traimento
de saúde. Os serviços de saúde pública, são escassos e ineficazes. Não obstante,
a Constituição Federal garantir que a saúde e o ensino públicos, sejam de boa
qualidade, e igualmente eficazes. Porém, o povo carece de políticas eficientes
para o traimento de sua saúde e para o seu ensino público de boa qualidade!
Na ausência de todos os ingredientes acima
referidos, a miséria assume o seu papel sobre a sorte das pessoas carentes,
tornando-as reféns das mais cruéis condições de vida, impostas ao ser humano! Daí,
impera a criminalidade, a doença, a falta de moradia, o desemprego, enfim, a desesperança,
a perda de confiança nas pessoas comuns, o descrédito nas instituições
públicas, e consequentemente, não mais têm confiança nas autoridades públicas
e, quiçá perderão a fé até em DEUS!!!
O êxodo rural acentua-se cada vez mais.
Tangidos pela inexistência de uma política de reforma agrária honesta e séria,
os habitantes das regiões rurais debandam para as grandes metrópoles,
inchando-as nas suas periferias; que são precárias de habitação, e de
saneamentos sanitários básicos; são carentes de atendimentos hospitalares, e de
serviços escolares básicos, de transportes coletivos dignos. Que transformam as
suas vidas num caos, que sufoca as pessoas debilitadas e sem instrução
suficiente, em condições desumanas! Ainda agravadas pelo desemprego e pelos
demais fatores negativos que as levam à pobreza extrema; lhes fazendo perder o rumo,
empurrando-lhes para o desespero fatal; ensejando o estopim da ausência de paz,
ausência de perspectiva de vida, lastimável falta de esperança, descrença nos homens
públicos e nas instituições públicas. Por tudo isso, muitos são conduzidos ao
caminho do crime, que tanto prejudicará às pessoas desesperadas, excluídas,
portanto, do interesse da sociedade; ficando pois, consequentemente,
desamparadas pelo Estado Democrático de Direito.
CAPÍTULO
II -
FAMÍLIA DO CONDENADO
Reportar-nos-emos sobre a exclusão
rediviva, de determinados segmentos sociais. Pois, a criminalidade torna-se
inevitável se não houver por parte do poder público, a implantação de uma
educação eficaz, assegurada pela Constituição. A educação é a base fundamental
para a orientação do ser humano. Não adianta o poder público esforçar-se para construir mais cadeias, se antes não
empenhar-se com afinco, na construção de mais escolas!...Porque, a construção
de mais presídios torna espantosa a estatística publicada pelo Conselho Nacional de Justiça,
conforme a seguir enumeraremos: o Brasil ocupa a lamentável 4ª posição no ranking mundial, com 563 mil
brasileiros condenados criminalmente; deles, 206 mil estão encarcerados em prisões
imundas e superlotadas em condições
desumanas! cuja situação provou o referido Conselho a prevê a elevação da
quantidade de vagas carcerárias, para 600 mil. Ora, o encarceramento visa punir
e não educar; pois, não convence a
ninguém, o pretexto da ressocialização do preso, como estabelece o
espírito da lei. Porque as regras estabelecidas na Lei de Execuções Penais,
neste mister, não são aplicadas pela administração penitenciária. Porquanto, se
o estado não é capaz de instruir através das escolas, muito menos será capaz de
ressocializar através da punição carcerária! Portanto, o poder público com suas
prisões superlotadas, sequer poderá conter e acomodar os presos que mantém sob
sua custódia. Daí, muito menos poderá ressocializá-los, como determina a lei. É
tudo, um “faz de conta,” que não levará a nada,
simplesmente,
criando ilusões! ...
O sistema prisional pune o preso mas, pune
igualmente, os seus familiares; o faz de forma cruel! Pois, eles não cometeram
crime. A prática mais dolorosa, é a das revistas desumanas, mormente quando
elas são efetuadas em pessoas do sexo feminino. Outra prática que é igualmente
desumana, ocorre junto à sociedade hipócrita, que pune os familiares dos
presos, com seu deplorável preconceito! Porque cria prevenção contra essas
famílias. É uma atitude lamentável. Pois, enquanto seu parente apenado cumpre
sua pena na cadeia, seus familiares cumprem e sofrem o estigma dos preconceitos
sociais e as restrições naturais da sociedade, que é voltada para o egoísmo e para as atitudes
desumanos! Por outro lado, existe a discriminação parental: que ocorre no seio
da família do detento ou ex-detento; há aqueles parentes que sentem-se
envergonhados e cheios de preconceitos sobre seu parente detento ou ex-detento;
estabelecem contra ele, imensa barreira contra a solidariedade; fato este, que
o inibe de recompor-se dos traumas contraídos na prisão. Por isso, entra em depressão, ante seu estado de humilhação
natural que lhe coroe e assalta os sentimentos, como pessoa humano.
Visando atingir o infrator, a sociedade
fere indiretamente, sua família e, quiçá, sua geração inteira! Porque o castigo do culpado está codificado na
lei dos homens. No entanto, o castigo imposto pela sociedade à sua família não está
consignado nas leis civis; impregna-se na lei moral. A sociedade, que não sofreu
na sua pele, esse tipo de desgraça, não será capaz de avaliar a desgraça
alheia. E sequer, será capaz de avaliar
a imundícia que impera nas prisões brasileiras! ...
Para que tenha-se uma ideia sobre uma
pessoa que passou pelo castigo social, ela nunca mais será como antes da sua
condenação! É um dos motivos de quem não foi reintegrado à sociedade, que levarão o indivíduo de volta à prática de
novo crime; pois, o descumprimento da Lei de Execuções Penais, é responsável
pela ausência da ressocialização do detento. Porque a mencionada lei determina
que o preso seja tratado como pessoa humana. E essa condição propicia à
ressocialização do preso.
Por sua vez, pesa ainda sobre o tormento
do preso, a constante atitude que verifica-se nessa situação; de a esposa ou
companheira do detento, que não for altamente abnegada, não manter a união
matrimonial; e vice e versa. Por outro lado, seus parentes são discriminados de
forma cruel, tanto nas escolas, quanto no trabalho e, noutros adjuntos sociais.
Tudo isso, acontecerá por conta do castigo que a sociedade impôs ao condenado, sem
ter ideia do mal social que causa à família do apenado! Ela não procurar
inteirar-se das condições desumanas, que representam as prisões do País: imundícia,
a carência de espaços físicos, o convívio entre presos de diferentes níveis
sociais. Os países chamados de primeiro mundo, não concedem ao Brasil, a
extradição dos seus respectivos cidadãos que tenham dupla nacionalidade,
alegando a ausência de condição humana, nas vergonhosas e cruéis prisões do Brasil.
CAPÍTULO
III -
EXCLUSÃO DO NEGRO DA SOCIEDADE
Os cidadãos negros, por mais que as pessoas
puritanas afirmem que não são racistas, na prática, ninguém prova que não o é
totalmente...Eis que, observa-se este fato, claramente, através das uniões
matrimoniais; porque é raro conhecer-se um casal, cujo um dos cônjuges, seja
negro e outro branco. Esta é a absoluta prova da existência do racismo! Vê-se
ainda, até certo ponto, o racismo relativo, na aceitação do convívio do branco
com o negro. Todavia, o branco acha-se travestido de não racista. É o que
chamamos de racismo relativo. É óbvio e natural que, pessoas brancas e negras
relacionem-se, social e comercialmente, nos esportes, no emprego, etc. Contudo,
na hora da união conjugal, a coisa muda de figura. Em muitos casos, a união
conjugal deixa de acontecer porque na hipótese de uma pessoa branca decidir unir-se
maritalmente, a outra pessoa negra, não o faz, temendo as censuras ou críticas
de pessoas da raça branca, principalmente, dos parentes da pessoa branca. O negro
ainda é muito discriminado em nosso País. É uma dívida muito grave, que o
Brasil então escravista, contraiu e ainda mantém para com a raça negra. O negro
que compõe cerca de 40% (quarenta por cento) da população brasileira e que,
originou-se de cerca oito milhões de escravos vindos da África, sofre, sem
sombra de dúvida, com as enormes restrições sociais; elas assumem dimensões
muito mais graves, quando tornam-se discriminações ostensivas! Embora a
legislação puna, quanto maior for a importância da posição social e
profissional que a pessoa negra ocupe, a discriminação será maior. Vejamos,
pois, no caso do oficialato militar, na magistratura, no tabelionato, no
profissionalismo – notadamente - no magistério e, até na política! ...
CAPÍTULO
IV -
OS EXCLUÍDOS
O cidadão agredido no seu âmago, pelos
motivos supracitados, se não tiver força moral e
espiritual suficientes, cede ao deslize social, ou seja, transgrede a lei por
não conseguir suplantar o estado de pobreza ou miséria em que achar-se; razão
pela qual, inevitavelmente, ofende as regras sociais e terá que pagar pelo
chamado desvio de conduta social. Ele será processado e condenado pela
sociedade, sob o pretexto de corrigi-lo para reintegrá-lo ao convívio social.
Só que, a dita sociedade hipócrita, trancafia o condenado numa cadeia desumana,
inadequada a qualquer tipo de regeneração moral, mas, é propícia à perversão social!
Porque o preso, mesmo que não tenha tendência criminosa, adquire no convívio
com presos perigosos. Ainda que seja contra a sua vontade, mas terá que
enfrentar e cumprir ordens dos parceiros de prisão, sob pena de não fazendo, correr
risco de vida. Muitas vezes, tratam-se de pessoas inocentemente, condenadas, segundo
tem-se constatado. No entanto, elas irão para a cadeia pública, precária e, desumana,
mantida pelo estado representante da sociedade, a pretexto da possível recuperação
dos presos, com sua pseud. ressocialização. Quando tratar-se de alguém que
tenha cometido um crime leve, impulsionado pelas circunstâncias acima narradas,
e não possuía índole criminosa, mas será colocado junto com
criminosos de tendência perversa e malfazeja; que certamente, são irrecuperáveis,
porém, ficarão juntos. O que dificultará a ressocializar do novo
preso; contudo, essa situação vem contribuir
nocivamente, para o agravamento
comportamental do novo preso, porque será mantido em contato permanente com os presos que persistem na
senda do crime, e de quem receberá ordens
para cometer outros crimes, sob pena de não obedecê-las, correr
risco de vida dentro da própria prisão.
Por
outro lado, quando cumprir sua pena, o preso que deveria ter saído regenerado
do castigo social não conseguirá, carregará o estorvo do preconceito, o qual
não pôde corrigir na prisão, porque não é seu; conta ainda, com o trauma das
dificuldades enfrentadas na prisão! Pois, na cadeia era detento e na liberdade
será um marginal perante a sociedade, porque não lhe proporcionará meios para
conseguir emprego. Muitíssimo Pelo contrário: continuará sendo estigmatizado pelos
seus perversos preconceitos! O egresso ainda terá que enfrentar e suportar o
preconceito parental, que lhe estabelece barreira à solidariedade e à caridade;
porque não desejam ser vistos como parentes de um ex-presidiário! ...
Fatalmente, é natural que esta pessoa não veja
boas perspectivas de vida e, provavelmente volte a cometer novo crime e novamente
irá para a prisão, com a gravidade da reincidência, que lhe agravará a nova
pena!
Contudo, se na melhor das hipóteses, o
egresso resolver estabelecer nova vida, e integrar-se à sociedade, enfrentará a
barreira da dificuldade para a consecução de um emprego. Porque é impossível apresentar
referência; o que constitui lhe o primeiro embaraço. É óbvio que, tendo saído
da prisão não teve emprego anterior para informar como fonte de referência;
portanto, não conseguirá o emprego. Pois, além de não ter referência, não
poderá dizer ao pretenso empregador, que é um ex-detento.
CAPÍTULO
V -
INSTRUÇÃO DO NEGRO
É sabido e notório que os objetivos
existentes nos setores produtivos e intelectuais da sociedade, visam
desenvolver os bens culturais e científicos, que envolvem o ingresso de
especialistas nas universidades, nos centros de pesquisas, no mundo das artes,
enfim; é um acesso que os brancos conseguem atingir com mais facilidade. Até
porque, tendo eles os recursos materiais, conseguirão estudar mais e, alcançar
melhores oportunidades. Neste aspecto, a raça negra precisa destacar-se também e
superar as suas dificuldades de acesso a determinados cursos e concursos
públicos ou particulares. Haja visto que, a concentração de rendas no seio da
raça negra brasileira é, deveras, escassa. A impossibilidade
econômico-financeira tem sido o permanente marco de exclusão em todas as
circunstâncias da vida do ser humano; tal barreira também atinge o negro;
certamente, com mais constância, na aquisição de bens patrimoniais. Isso, muito
contribuiu, para o motivo da pobreza da raça negra!
Razão pela qual, impossibilitados pelos
difíceis meios materiais, os negros encontraram os naturais entraves para estuda
darem em melhores colégios, em melhores faculdades. O que lhes impedem melhores resultados em concursos públicos ou
particulares, por ocasião da apresentação dos currículos necessários. O que
ensejará ao seu competidor ser melhor sucedido na preferência dos empregadores.
Pois, a mencionada dificuldade sempre existirá para chegar-se aos melhores cargos
públicos.
Este estigma que a raça negra carrega na
sua existência enquanto brasileira, representa a dívida que merece a reparação
que o Brasil terá que saldar para com seus compatriotas negros. Porque, apesar
de caracterizar-se como um País com um
território altamente abundante em riquezas naturais, o Brasil ainda tem muito a
fazer, para tornar-se o “Celeiro do Mundo;” ou seja, o País onde não mais
haverá fome e miséria, para o seu povo e capaz para matar a fome de muitos
povos do mundo; com a produção de alimentos e demais bens de consumo para todos,
no Planeta. Aonde os demais povos da Terra encontrarão provisão com abundância.
Porém, o Brasil terá que redimir-se dos seus pecados: terá que reparar suas
faltas morais e espirituais... Notadamente, para com a raça negra que escravizou
durante muito tempo e, não lhe fez a justiça que deve.
Precisa dá aos negros brasileiros, as
mesmas oportunidades que são proporcionadas aos brasileiros brancos. Quem sabe,
possibilitando que um dia o povo seja
governado por um negro, que as nossas instituições sejam presididas por um negro, assim como o Supremo Tribunal Federal já foi
presidido por um negro; mas, que as demais Cortes Superiores sejam também; que,
dentre seus ministros, hajam ministros
negros; que as nossas Forças Armadas sejam um dia, comandadas por general, almirante, brigadeiro, negros, que os
nossos ministérios civis tenham ministros negros, que tenhamos Procurador - Geral
da República, Advogado Geral da
República, negros.
Daí, poder-se-á dizer que, o negro
brasileiro deixará de ser o primeiro suspeito na apuração dos crimes, não será,
predominantemente, empregado doméstico, não será mais pobretão incluído no rol
naqueles milhões de brasileiros pobres, sobre os quais falamos no início deste
livro, que estão na linha da pobreza absoluta. Nestas condições, teremos mais
doutores negros, mais ministros negros, mais comandantes das Forças Armadas,
negros, Chefes dos Três Poderes da República negros. Quem sabe, que as riquezas
nacionais concentradas, cheguem às mãos dos negros brasileiros com mais abundância!
...
Conforme enfatizamos no início, os negros
brasileiros – inconscientemente – contribuíram na construção da Nação
Brasileira quando prestaram serviços aos seus senhores de
engenho. Mas, também contribuíram para a nossa cultura. O samba, que atualmente
destaca-se nas festividades carnavalescas que trazem milhões de turistas
estrangeiros e outros tantos, nacionais, tem sua origem no seio da raça negra.
Os escravos extravasavam seus sofrimentos do cotidiano escravista, cantando e
festejando a sua cultura africana, durante as noites que antecediam as tarefas
estafantes do dia seguinte. É mais um
crédito para com a raça negra, que a Nação Brasileira terá que resgatar e
enaltecer.
CAPÍTULO
VI -
CONCENTRAÇÃO DE RENDAS
Segundo
as estatísticas, a riqueza nacional acha-se nas mãos
de 5% (cinco por cento) dos brasileiros; o que significam que dez milhões de
brasileiros são detentores da riqueza nacional. E a concentração de renda, acha-se
nas mãos de 15% (quinze por cento) de cidadãos brasileiros; que correspondem trinta milhões de
brasileiros que são beneficiados com a concentração das riquezas nacionais. Portanto,
como o Brasil possui atual, duzentos e dois milhões de habitantes,
a referida distribuição de renda, caracteriza o vexatório e vergonhoso, o
conceito de democracia que prega-se, diante da nossa pobreza nacional, estimada
em cinquenta milhões de brasileiros pobres, que segundo a ONU estão na deplorável
linha da pobreza,
Para quem quiser saber, o cidadão rico é
aquele que não precisa trabalhar para manter sua vida confortável e cheia de
opulência, com mordomia e tudo o mais que a felicidade material exigir. Ele
vive do rendimento de seus bens, sejam eles de que espécies forem, de que
origem sejam, tais como negócios lucrativos – como o exemplo dos bancos e
outros grandes empreendimentos – que, cada vez mais crescem seus lucros, não só
com as vantagens advindas do crescimento do País – PIB – assim como, provindos
dos seus negócios que muitas vezes beneficiam-se com as consequências graves da
economia do País, constantemente suportadas pelas classes média baixa e pobre.
Fatos estes, que muitas vezes, resultam em inflação, juros altos...escassez de
produtos de necessidades básicas da população, que exigem pesados investimentos
particulares dos ricos, para depois os repassarem aos preços das mercadorias,
com grande margem de lucros. Quando referimos aos repasses nos preços das
mercadorias, por outras palavras queremos
dizer que os que oneraram a mercadoria, sairão do bolso dos
consumidores; são as classes média baixa, média, média, e pobre, que pagam as
contas dos ricos brasileiros que compõem os dez milhões acima mencionados.
Os brasileiros concentradores de renda,
são da classe média alta; aqueles chamados assalariados, mas, não trata-se neste
caso, do mísero salário-mínimo!...Tratam-se dos altos salários dos funcionários
públicos importantes, que fazem jus ás elevadas
remunerações; dentre eles, estão os Deputados, Senadores, Magistrados, Promotores
da Justiça, grandes executivos, brasileiros e estrangeiros radicados no Brasil,
Engenheiros, Advogados, Economistas,
Médicos, etc., que são bem sucedidos, e os empresários médios, os profissionais liberais de
outras áreas, também bem sucedidos, que trabalham, mas seus esforços são bem
recompensados com a remuneração substancial. Daí, muitas vezes, tornam-se
também empregadores de significante parte da população brasileira; desde o
empregado doméstico aos médios executivos e são geradores de tributo para o Governo;
o que ajuda em grande escala, a manutenção das administrações públicas,
Municipal, Estadual e Federal. Estes brasileiros integram as classes média, média,
e a classe média alta, nas suas devidas proporções.
O restante da população brasileira, é formada
pelas classes média baixa e classe pobre, que completam e integram o total de
contribuintes e consumidores, todos pagadores de impostos, quer diretos, quer
indiretamente. Diretos, quando lhes são descontados do seu pagamento; ou seja,
são os chamados descontos na fonte;
indiretamente, na aquisição de bens de consumo, quando o cidadão consome
mercadoria, paga transporte, usa os serviços de luz, água, esgoto, gás,
telefone, etc.; porque no preço de cada um, está incluído o imposto que sairá
do bolso do cidadão.
CAPÍTULO
VII -
DESEMPREGADO E SEM MORADIA
Foi criado um
sistema financeiro de habitação para a aquisição da casa própria para o cidadão
de baixa renda; o que lhe propiciaria fugir do pagamento de aluguel; porém, o
referido sistema de financiamento da casa própria é eivado de má-fé; pois o
comprador da casa própria poderá livrar-se do pagamento do aluguel, todavia, não
livrar-se nunca do pagamento da prestação capciosa, desonesta, cobrada do
mutuário. Porque, o preço do imóvel nunca chega a um valor fixo de mercado; ele
obrigará o comprador financiado a pagar sete ou mais vezes, o seu valor real!
...
Por outras palavras: a aquisição da casa
própria, que deveria tranquilizar o cidadão, no entanto, lhe causará desassossego.
O mutuário, nunca saberá quando concluirá o pagamento das prestações do imóvel
adquirido; principalmente, quando houver problema com sua renda familiar,
porque poderá se planejar e por isso, correr o risco de perder o imóvel; seria leiloado pelo agente financeiro, se não fosse
pago. Para que não aconteça, tal fato, o mutuário teria um valor exato, das
prestações bem como seu término, para prevenir-se sobre os pagamentos. Mesmo que
tenha que privar-se da satisfação das suas necessidades básicas, para manter em
dia, as prestações do financiamento. Senão inevitavelmente, uma família inteira
seria levada ao desespero, com a perda do imóvel!
Tudo isso decorre da existência de
política habitacional desastrosa, perversa e desonesta que foi implantada no
País, ao longo dos diversos governos passados, e que até agora não sofreu
correção; a fim de tornar a política habitacional de fato, um benefício social.
Contudo, o que há no presente, em termos de política habitacional para a
aquisição da casa própria, ainda é carecedor de seriedade por parte do poder
público.
As empresas privadas não têm interesse para
investir no setor da construção civil, a fim de financiar a casa própria para as
pessoas de baixa renda, diretamente. Com a ausência da iniciativa privada, o
financiamento fica a cargo do Poder Público que, sabidamente, é desacreditado. Pois,
tem uma burocracia infernal, um formalismo descabido, e sofre o estigma da
corrupção, que sempre lesa o interesse público. Portanto, todo o somatório da
inconveniência que o Poder Público traz na sua intervenção no sistema
financeiro habitacional, causa ao País o vergonhoso déficit de cerca de seis milhões,
duzentos e sessenta e três mil moradias para a população, segundo a pesquisa do
IBGE, de 29-05-2014. A bem da verdade, deve ser esclarecido que, na referida
pesquisa não está incluído o déficit de moradias dos habitantes das
comunidades. As chamadas favelas. Ao nosso ver, o índice formulado pelo IBGE
está impreciso.
Porque esses cidadãos estão excluídos do
sistema, justamente porque não possuem renda mínima aceitável pelos agentes
financeiros, para adquirirem a casa própria, nos moldes das exigências impostas
pelo Poder Público. Neste contingente de cidadãos de baixa renda, não estão
incluídos os cerca de cinquenta milhões de brasileiros, que, segundo a ONU,
estão na linha da pobreza. Jamais poderiam incluir-se na relação de mutuários
da casa própria! Sempre tiveram como alternativas de moda, o abrigo dos
viadutos, das pontes, porque não lhes sobrou um pedacinho de chão nas favelas
das periferias, por mais precário que fosse, como os que estão ocupados por
milhares de pessoas também em situações praticamente semelhantes; porque também
são excluídos da sociedade! Porquanto, não poderiam ser beneficiados pelo
sistema habitacional, porque não preenchem os requisitos exigidos para a
aquisição da casa própria...Não lhes restando outra alternativa, senão ocupar
terras que lhes são oportunas, para rapidamente torná-las faveladas. O governo
atual amenizou bastante, a situação dessas pessoas que não se encaixam nos
procedimentos do sistema habitacional, através do projeto da “Minha Casa Minha
Vida”. Neste mister, milhões de moradias populares foram entregues a essas
pessoas pobres, mas, há muito o que fazer ainda, para que isso não represente
apenas um paliativo. Porque as favelas aglomeram uma quantidade enorme de
pessoas carentes de moradias. Ali, estão
sujeitas ao desconforto, sofrem o flagelo da fome e da doença e ainda se
submetem ao risco de morrerem por balas perdidas e, toda sorte de pestes
epidêmicas que, de quando em quando assolam as populações, em massa! Pois, são
os excluídos de tudo, até da própria sorte! Daí vem o flagelo das adversidades,
geradoras do desânimo, desesperança, descrença, desespero, desilusão,
desconfiança nas instituições e nos seus dirigentes. Muitos chegam a perder a fé
até em Deus! O que forçosamente, empurra a grande parte dos seres humanos para a
prática da violência, por conta do desespero, sobre o qual discorremos acima.
As grandes cidades recebem os cidadãos
oriundos da região rural, que deixam sua terra natal, visando encontrar
melhores condições de vida nas concentrações urbanas. No entanto, sua decepção
é enorme, quando enfrentam a realidade das cidades! Se o êxodo rural lhes fez
abandonar a sua região açoitada pela pobreza e miséria, na cidade, o camponês
não encontra acalento melhor, porque deparar-se com o inesperado desencolhimento
do lugar estranho, e muitas vezes, hostil, precisando adaptar-se. Conseguir
emprego e moradia, são as duas maiores dificuldades enfrentadas; o Brasil conta
com cerca de oito milhões de pessoas desempregadas...somando-se aos cerca de
trinta milhões de pessoas submetidas aos subempregos: (os conhecidos
popularmente, por camelôs). No que diz respeito à moradia, a calamidade não é
menor, pois o déficit é de cerca de sete milhões de moradias populares; fatos que
degradam a moral da Nação Brasileira! ...
Quando migram de sua terra natal, pelos
motivos causados pelas secas, (notadamente no Nordeste), ou por outros motivos
de carência social em diversas regiões do País, resulta sempre no abarrotamento
das grandes cidades, que já não têm estruturas suficientes para receberem e
acomodar seus cidadãos retirantes, de forma digna. Por isso, seria bom que o
cidadão fosse protegido e mantido em sua terra natal; aí, deixariam de inchar, as
cercanias das crescentes favelas urbanas.
Para tanto, seria necessária a implantação
de reforma agrária, no seu verdadeiro sentido social. Não uma reforma agrária
despida de seriedade como há na sua terra natal. Esta providência cabe ao Poder
Público, para proteger o seu cidadão interiorano. Dando-lhe as mesmas condições
de acesso à educação, à saúde, ao transporte coletivo, enfim, dando todos os
benefícios sociais, os quais são necessários. Isso, ajudaria aliviar as grandes
metrópoles. Dita solução perde-se, porém, pela ausência de uma política agrária
séria, paralela aos assentamentos das famílias do campo, onde lhes são dados
somente os pedaços de terra para que instalem-se sem a mínima infraestrutura
social! Ou seja, o Poder Público finge que implanta a reforma agrária, o homem
do campo submete-se à migalha que lhe toca, e fica na terra até poder suportar
o abandono impingido pelo Estado. Após isso, desloca-se para a região urbana, descrente
e desiludido! Apesar de o Poder Público locupletar seus dirigentes com as
vantagens escusas que o projeto propicia, surgindo os maiores escândalos, sobre
os quais a imprensa nacional debruça-se no dia-a-dia dos seus noticiários!
Cabendo ao cidadão aturdido, tentar
entender o que é cidadania e como funciona a “democracia,” neste País! É claro
que jamais entenderá porque, permanece na escuridão da ignorância que o
analfabetismo na sua grande parte, lhe acomete. E aqueles que se beneficiam com
este estado de atraso intelectual do cidadão brasileiro, jamais desejam vê-lo
esclarecido. Pois, a sua absoluta ignorância significa a sua garantia de que
tudo vai continuar como está, lhes assegurando a apropriação do dinheiro
público e a exploração da massa popular ignorante. Pois, educá-la,
esclarecê-la, não é nem será seu objetivo!!!
Razão pela qual, não estabelecem
prioridades para as verbas destinadas à educação, à saúde e ao bem – estar
social. Por isso, assim têm sido formuladas as políticas administrativas
públicas passadas, e que ainda não foram corrigidas pelas atuais! Eis o motivo:
sem instrução, não se enxerga. Sem saúde, “sequer consegue-se rezar.” É que, a
ausência de seriedade não contribui para a construção de uma nação e uma sociedade
justas num País, verdadeiramente democrático.
Sem enxergar, as pessoas não descobrem ou
não entendem as falcatruas, as roubalheiras, as fraudes eleitorais, os
apadrinhamentos movidos pelas influências de todas as espécies, quer nos
serviços públicos, quer no desvio de verbas públicas e de tudo o mais que resulte
no prejuízo e lesão dos interesses públicos. Sem saúde, como disse D. Elder
Câmara, “Nem rezar consegue-se”. Ora, sem reagir, a pessoa certamente, deixará
o campo livre para os inimigos do povo!
CAPÍTULO VIII -
AGIOTAGEM
O
alto custo financeiro do dinheiro em
circulação no Brasil, constitui verdadeiro flagelo e,
demonstra o sintoma de um País fadado aos constantes atropelos e entraves ao
seu desenvolvimento. Constitui ainda, uma ameaça da volta da inflação alta
anterior. As autoridades monetárias dão o péssimo exemplo, mantendo os juros
oficiais em patamar dos mais altos do Planeta. E permitem que o sistema
financeiro ache-se no direito de cobrar juros altos aos consumidores. Os
pequenos consumidores endividam-se e correm o risco de, se não honrar seus compromissos,
ficarem com seu cadastro comercial prejudicado, tornando-se impedidos de
realizar compras na praça. O micro empresários que são os maiores geradores de
empregos de mão-de-obra não qualificada e não especializada, do País, ficam impossibilitados
de contrair empréstimos junto aos agentes financeiros, porque as ferocidades
dos juros escorchantes expõem-nos ao risco de insolvência. Acontece da forma, com as pequenas
empresas; que arcam com o pesado pagamento de impostos sobre sua folha de
pagamento. Elas, são empregadoras em potencial. No governo atual, felizmente,
estão sendo beneficiadas com uma legislação mais branda. Contudo, da mesma
forma enfrentam a barreira dos juros altos.
Enquanto imperar o custo financeiro alto, as
empresas menores ficam impedidas de recorrer aos bancos. Porque eles preferem praticar
especulação financeira, que é mais fácil do que conceder empréstimos razoáveis
às pequenas empresas. Eis, ai, as grandes dificuldades que os pequenos
empresários enfrentam com a escassez de dinheiro para desenvolver seus negócios
e criarem mais empregos; consequentemente, contribuírem com mais impostos.
Mesmo abarrotando seus cofres com os lucros astronômicos, publicados nos seus
balanços, os bancos não praticam financiamentos prestando o indispensável apoio
aos pequenos empresários. O Governo, por sua vez não lhes favorece com capital
de giro. Contudo, as grandes empresas, dentre elas, algumas estrangeiras, facilmente
conseguem empréstimos junto aos banqueiros, que por sua vez tomam empréstimos
dos bancos oficiais, a juros baixos. Ou seja, os bancos pagam baixos juros e
cobram juros altos e extorsivos. Não obstante, o Estado saber que a maioria dos
empregos gerados no País, advêm das pequenas empresas, contudo, não lhes dá o
indispensável amparo para estimulá-las a produzir mais, gerar mais empregos e, consequentemente,
pagar mais impostos. Com toda a carga tributária que pesa sobre essas empresas,
torna-se inviável alcançar-se o progresso do pequeno empresário brasileiro!
CAPÍTULO
IX -
PEQUENOS AGRICULTORES
A situação do
cidadão pequeno produtor rural carente, não difere muito do que acontece com os
cidadãos pequenos empresários carentes, da região urbana; no que refere-se ao
desamparo do governo às suas atividades, é mais ou menos semelhante. Para começar,
o homem carente da região rural, na sua boa parte, é pessoa de pouca instrução ou
analfabeta. Muitas vezes, é doente. Razão pela qual, produz pouco ou não
produz, e
Vive do pouco que recebe de outro pequeno
produtor rural, pelo seu trabalho que lhe presta na pequena lavoura. Via de
regra, tem numerosa família. Nessa condição, o trabalhador rural recebe um auxílio
do poder público; tratam-se de recursos pecuniários, denominada “bolsa família.”
Este recurso lhe ajuda minimamente, no seu sustento e da sua prole. Não
representa muita coisa, mas, é melhor do que nada. Neste caso, a condição
imposta para o recebimento da mencionada ajuda federal, é a de manter os filhos
na escola. Essa regra é válida para todo o território nacional. Todavia, o
cidadão da região rural, quando lhe atinge o desespero, por ser açoitado pela
pobreza, torna-se um faminto e miserável; por isso viaja para as grandes
cidades, onde na maioria das vezes, a sua vida fica pior do que na região
rural. Pois, a sua acomodação nas periferias das grandes cidades, caracteriza
uma situação pior do que na sua região. Conforme discorremos acima.
PEQUENO
PRODUTOR RURAL
Os chamados “atravessadores”
se aproveitam da sua fragilidade, para lhes pagar preço vil pelas sobras da sua
produção. Fato que é corriqueiro em todos os cantos do Brasil; os pequenos
produtores rurais são desestimulados, e não mais interessam-se a produzir além
do que é suficiente para o seu sustento. Todo mundo perde com a apatia; o País
perde, porque não terá maior produção agrícola e, o desânimo induz o pequeno
produtor rural a sentir-se vítima do descaso do Estado. Pois, considerar-se abandonado,
e mais um brasileiro do interior rural, volta-se para a possibilidade de
mudar-se para a região urbana; na sua terra natal, além das condições sociais precárias
que enfrenta, conta ainda com a inclemência climática, que poderá fazer-lhe
perder tudo o que plantar, quando a Natureza não é complacente. Por outro lado,
sofre o desamparo do poder público; porque
se produzir além das suas
necessidades de consumo, as sobras da produção não encontram comprador honesto,
para pagar o justo preço. Obrigando o produtor a submeter-se aos valores
impostos pelos “atravessadores,” porque não poderá recorrer aos bancos para
conseguir financiamento. Pois, se o fizesse, acabaria caindo na mesma armadilha
que prejudica aos pequenos empresários da região urbana; que submetem-se aos
juros altos e escorchantes, dos empréstimos tomados na rede bancária. Fato
este, que lhe causa desestímulo e a empurra para as grandes cidades.
A ausência do estado é perversa e
antipatriótica! Deixa de manter o homem do campo em sua terra natal, deixa de
ajudá-lo a produzir muito mais que o necessário para a sua subsistência, e comete,
consequentemente, motivo para o seu
êxodo.
O estado ausente, terá que fazer-se
presente e constante, porque só o Poder Público poderá aplicar políticas
compatíveis com as necessidades básicas dos habitantes rurais; tanto no que diz
respeito à sua qualidade de vida digna, como também manter a ordem social
incólume de indivíduos indesejáveis, assim como a isenção da interferência
politiqueira, sabidamente prejudicial ao bom convívio da cidadania.
Um País como Brasil, rico em terras
agricultáveis, não pode e não deve ter pessoas morrendo de fome, e a sociedade pagando
caro por produtos facilmente produzíveis no seu perímetro rural. Afirma-se que
brasileiros ainda morrem de fome; o que é lamentável e, inaceitável... Quem
sofre fome, tem escassez de comidas básicas. Ora, se o Brasil é um grande
produtor de alimentos, por que não alimentamos os brasileiros famintos? Será
por que a concentração das terras acha-se nas mãos dos latifundiários?! E o
estado, que é proprietário das chamadas terras devolutas, por que não as
utiliza em favor do povo?
São públicos e notórios, os escândalos
surgidos nos sucessivos governos, envolvendo funcionários públicos responsáveis
pelo assentamento de colonos nas áreas destinadas à implantação da reforma
agrária. Há terras que poderiam produzir; porque não podem fazê-lo? Por outro
lado, há os chamados grileiros...que apossam-se de terras públicas,
acumpliciados com os donos de cartórios e, até com estrangeiros, que procuram
tornar-se latifundiários no Brasil, por meios fraudulentos.
A bem da verdade, todo esse emaranhado de
negatividades que envolvem nosso País, encaminha-se para um lado lamentável: o
de causar prejuízo aos brasileiros pobres, miseráveis, porque na sua grande
parte, são analfabetos, doentes – enfim, indefesos – porque há vivo interesse
dos maus políticos, em mantê-los assim, para continuarem longes das suas
negociatas, das falcatruas e toda forma de roubalheiras, como tornam-se
conhecidas e multiplicam-se, através da mídia. Mas, assumem nível de impunidade.
Eis aí, o perfil da reforma agrária e reforma política agrária do Brasil.
CAPÍTULO X -
GOVERNOS SÃO TRANSITÓRIOS
O
Brasil é permanente, mas os governos são
transitórios; cada mau governo que passa, sempre deixa grandes estragos e
grande atraso na vida do povo brasileiro. A nossa história é cheia de altos e
baixos, dignos de registros na memória de cada cidadão brasileiro: o Brasil
colonial, permaneceu explorado pelo seu colonizador; até que o País desse seu
“grito de independência ou morte,” para tornar-se uma Nação
livre e independente; pois, não tinha vida própria. No Brasil imperial, foi necessário
dentre outros motivos, a decretação da abolição da escravatura, que derrubou o Imperador
e, expulsou a Família Real; para ser implantada a República. Que teve inúmeras
fases críticas e gloriosas, porém, sempre às voltas com os efeitos da
corrupção, do jugo dos maus políticos, da injustiça social, da fraude
eleitoral, da influência do chamado “coronelismo”, das desigualdades sociais,
enfim, eivada das mais cruéis concentrações de riquezas...em detrimento da
pobreza do povo!
O Brasil teve a República do Militarismo, que
lhe atrasou durante vinte e uns anos de existência; cujos militares golpistas
seguiam um planejamento do Governo Americano, sob o pretexto do perigo da
implantação do regime comunista pelo governo deposto; o comunismo era considerado
o “bicho papão” da época! A queda do “Muro de Berlim” e a extinção da URSS,
deixou claro que o dito pretexto não era verdadeiro! Mas, nada impediu que
muitos brasileiros fossem exterminados da forma cruel e perversa pelo Regime
Militar.
Mas, a verdade é uma só: a centralização
das riquezas e rendas nacionais, sempre foram mantidas nas mãos de poucos e ainda
não mudou, suficientemente. Durante o período do regime militar a população cresceu
com o nascimento da nova geração, e aos poucos extinguiram-se, quase todos os
que lideraram a resistência ao militarismo. Quanto aos integrantes do golpe
militar, num misto de militares e civis traidores e entreguistas, quase todos
morreram. Para o bem do Brasil! Contudo, os que ainda sobrevivem e acham-se com
as suas CONSCIÊNCIAS SOBRECARREGADAS de remorsos, certamente não demorarão a
seguir os mesmos caminhos dos seus camaradas e parceiros da prática de
ATROCIDADES e traição à Pátria! Todavia, o Brasil subsiste e continuará no seu
rumo firme e resoluto!
O País é permanente; não obstante, ser o
Brasil dos privilegiados de todas as espécies, o Brasil
dos banqueiros privilegiados, dos banqueiros usurários e francamente agiotas; o Brasil dos caloteiros, dos funcionários públicos
corruptos, das empreiteiras corruptoras, dos constantes “rombos” nos recursos dos fundos
previdenciários, das roubalheiras garantidas pelo Governo, enfim, de tudo que
acontece em detrimento da fome e da miséria do povo brasileiro, carente de
cerca de quinze milhões de moradias populares, assolado pelo monstro do
desemprego, que oprime e humilha cerca de oito milhões de brasileiros
constrangidos e desempregados, que agregam cerca de cinquenta milhões de brasileiros
que acham-se na linha
da pobreza e cerca de trinta milhões de cidadãos analfabetos segundo a
estatística publicada pela organização Nações Unidas.
A tudo isso, ainda soma-se ao Brasil
da roubalheira da Previdência Social, do desfalque do Fundo de Garantia por
Tempo de Serviço (FGTS); dos rombos do dinheiro público, em prejuízo dos
serviços de saúde pública, das carências dos serviços hospitalares e dos serviços escolares, e dos serviços de saneamentos sanitários básicos, da deficiência das estradas esburacadas por todo o território
nacional, em detrimento do amparo às crianças e aos adolescentes abandonados, da velhice
sofrida e desprezada no seu final de vida; surrada pelo trabalho árduo,
laborado em benefício do País, que no topo da sua existência sente-se à míngua
CAPÍTULO
XI -
POBRE E NEGRO BRASILEIROS
Nos referimos
acima, à situação deplorável e lastimável, dos negros brasileiros, que tiveram
a infelicidade de ser traficados para o Brasil, no ápice da escravatura, quando
o País trouxe cerca de oito milhões de negros, da África. Os sofrimentos
experimentados por eles, durante a escravatura brasileira, constituem uma
pesada dívida do País para com os negros que passaram por tratamentos desumanos,
que, se fossem na atualidade, seriam passíveis de enquadramento no crime
contra os direitos humanos tão reverenciados
em todo o Planeta.
Tendo sido tratados como animais
irracionais na égide da escravatura, os negros, mesmo ganhando a liberdade após
a abolição, continuaram sofrendo em grande escala; porque não estavam
preparados para viver independentes. Pois, a partir da sua libertação pelos escravocratas,
os negros tiveram que enfrentar, imediatamente, as consequências da pobreza
avassaladora! Porque tinham que enfrentar as necessidades de toda ordem, para
conseguir seu próprio sustento. Haja visto que, enquanto eram escravos, só aprenderam
a lavrar a terra; o que os limitou um único ofício, para tirar dela, tudo o que
precisavam para sobreviver. Mas, agora, cadê a terra?! Pois, recém saídos do
jugo dos patrões latifundiários, aonde os negros iriam arranjar terra para
lavrar? Porque, os latifundiários achavam-se altamente aborrecidos com o evento
da decretação da abolição da escravatura! O episódio da abolição, assumiu acontecimento
de tamanha importância político-social, que custou a derrubada do Império Brasileiro.
Diante do enorme abalo social, o frágil execra-vos, sem eira nem beira, ficaram
atônitos e sem amparo social.
Tais circunstâncias, constituíram os
primeiros e, principais entraves enfrentados pelos negros, ao saírem do cruel
jugo dos fazendeiros. No entanto, não puderam livrar-se do jugo da pobreza e da
Ignorância,
porque foram submetidos à própria sorte, desumanamente. Contavam apenas com as poucas
pessoas brancas de sensibilidade cristã, e de espíritos elevados, que não
deixaram significativa parcela dos negros libertados, morrer à míngua! ... Os
negros do Brasil tiveram que começar do zero, a partir da sua libertação;
situação esta, que lhes impôs dura prova! A falta de instrução básica, tornou-lhes
a vida, presa fácil do atraso social inaceitável! Pode dizer-se que os negros libertos
da escravatura passaram novamente a ser escravos econômico-social. É como se
perdurasse o regime escravocrata. Porque, quando trabalhavam como escravos, seu
sustento era dado pelos seus patrões de doutora. Após libertados, os negros
submeteram-se a toda sorte de imposição social que, praticamente os conduziu de
volta aos idos dos sofrimentos passados, quando era reféns dos grilhões da
escravidão!
Sem-terra, como já dissemos acima, os
negros brasileiros ora libertados, tiveram que suportar as mais mesquinhas
imposições dos brancos que lhes ofertaram empregos das mais diversas
modalidades de espoliação, ao nível do seu grau de instrução. Por conseguinte,
tem que admitir-se que os negros brasileiros ainda trazem com eles, a marca da
crueldade moldada pela sociedade escravocrata do passado, perante a sociedade
preconceituosa do presente, que em boa parte, ainda vê os negros como seres a parte;
e não como irmãos em Deus. Não os vê como patriotas, que desde os primórdios, quando
desembarcados no Brasil como escravos – inconscientemente – ajudaram a
construir os pilares da Nação Brasileira. O fizeram com o suor dos seus rostos,
com o sangue de suas veias, quer quando eram espancados, quer como
trabalhadores braçais. Em virtude de sua carência de instrução para galgar melhor
emprego no mercado de trabalho, os negros continuam sofrendo.
No entanto, antes mesmo de se falar de
educação, falaremos agora do negro a serviço da Pátria, quando por ela é
chamado para servir às Forças Armadas. Embora o negro represente cerca de 40%
da população brasileira, ele contribuiu com seu quinhão de patriotismo, para o progresso
da. Nação Brasileira.
O Contrate
Social.
|
NEGRO E POBRE
Quanto aos números publicados com base na estatística,
não podem fugir-se à realidade dos fatos: como
dissemos acima, o serviço militar também é obrigatório para os negros
brasileiros; contudo, o ingresso do negro no oficialato é muito difícil. Por
que? Por que é tão difícil o ingresso do negro brasileiro no oficialato? Estas
indagações, com certeza ficarão sem resposta! Porém, vamos falar da educação
dos negros brasileiros. Há que falar-se da lamentável precariedade da escola
pública brasileira. Desde o ensino fundamental ao ensino médio, há carência de
qualidades. As classes de poder aquisitivo razoável, matriculam seus filhos nas
escolas particulares, que lhes oferecem melhor nível de ensino. Porque o negro
continua sendo vítima da cruel discriminação! É estigmatizado pelo terrível preconceito
causado pela escravidão, que trouxe sofrimento e grave consequência em
decorrência do mal que prejudicou aos seus ancestrais, estendendo-se aos seus descendentes,
lhes trazendo consequências, sobre todos os seus aspectos! Contudo, os negros sempre deparam-se com os
obstáculos dos recursos econômicos! Ainda,
como dissemos, é raro um negro brasileiro alcançar alto poder aquisitivo.
Nesses casos, os negros brasileiros também
sofrem desvantagem. Poucos são aqueles que podem mandar seus filhos para as
escolas particulares. Portanto, poucos são os negros que ingressarão nas
universidades do País. Não por falta de inteligência – porque Deus deu a todas
as suas criaturas, as mesmas oportunidades e a mesma capacidade de desenvolver
sua inteligência – Porém, isso acontece por falta dos meios econômicos e
financeiros, que deveriam fluir ao alcance dos negros que, a bem da verdade,
nem todos conseguem a oportunidade da qual são merecedores todos os cidadãos os
brasileiros. A atual legislação instituiu a polêmica reserva de quotas no ensino
superior, que garantirá enfim, o ingresso dos negros brasileiros nas universidades
públicas. Todavia, a iniciativa ainda é muito insipiente.
Poucos, são os negros magistrados. Não
obstante, ainda recentemente, um magistrado negro haver presidido o Supremo
Tribunal Federal. Mas, este feito não constitui regra, é uma exceção. São poucos
os professores negros em todos os graus de ensino; também é difícil o seu ingresso
no oficialato das Forças Militares, nas promoções da vida civil...Pouco é a existência
de um magistrado negro na magistratura da primeira instância, bem como, na
segunda e terceira instâncias. Mesmo nos cargos de confiança do Governo, é
muito difícil a nomeação de ministros negros. No próprio Congresso Nacional –
tido como a “Casa do Povo”, não nos lembramos da existência de Presidentes
negros em quaisquer das Casas! Se isso não é discriminação disfarçada, ao que
pode atribuir-se?
CAPÍTULO
XII -
COTIDIANO NA VIDA SOCIAL DO NEGRO
Por
incrível que isso ainda possa acontecer neste século, por inaceitável que
pareça, existem pessoas que estigmatizam os negros sem motivo aparente e, os
repelem sem qualquer razão que justifique sua hostilidade; é uma situação
terrível e cruel, mas existe no Brasil. Este capítulo é
intenso, porque o seu relato é muito abrangente e, expõe a
verdade insofismável; não a verá quem não tiver olhos de enxergar e não a ouvirá,
quem não tiver ouvidos de ouvir! O
negro é discriminado na consecução do emprego - dentre outros motivos,
ocasionado pela sua baixa instrução, e pelos fatos que discorremos acima. Pela
sua discriminação propriamente dita, constitui uma realidade existente nalgumas
pessoas brancas! É como se alguém tivesse pedido para nascer negro! Para
merecer o tratamento social negativo impingido no Brasil. Como você acha que o
negro é tratado numa Delegacia Policial? Como você acha que o negro é tratado
na justiça no Brasil? Sobre este assunto trataremos a seguir. Portanto, vejamos agora,
como o negro é considerado numa delegacia policial: logo no início de sua
detenção é tratado como “favelado”. É como que, se alguém morar numa favela
fosse automaticamente criminoso! Como se fosse
uma espécie de cidadania
diferente da de qualquer outro cidadão brasileiro. O tratamento pejorativo de favelado,
atribui aos cidadãos das favelas, o pejo de vagabundo, malandro, bandido, etc.;
mostrando uma maneira de justificar que, esse tipo de cidadão constitui um
brasileiro a parte!
Em qualquer das formas, o procedimento está
ostentando crueldade; porque estigmatiza uma pessoa, pelo simples fato de morar
na favela; pois, segundo tal alegação, caber-lhe-á a adjetivação referida acima,
só porque mora na favela. Porque, quando alguém opta pela moradia
na favela, o faz tangido pela necessidade, em virtude de não poder morar no
asfalto; tanto por não poder arcar com os pesados aluguéis, e também por
achar-se desempregado ou ter um subemprego; que mal dá para pagar a sua comida
e da sua família. É óbvio que, esta opção de moradia, não agrada a ninguém...Pois,
somente no desespero de não ter para onde ir, vai para a favela! “Até porque,
já foi dito acima, como o cidadão é tratado só porque mora na favela! Não é bem
visto, não só pelas autoridades brasileiras, mas também por boa parte da
sociedade brasileira hipócrita e preconceituosa. A pessoa é discrimina a partir
do endereço que indica. Ao tratar-se o endereço na favela, constitui-se o
primeiro lastimável entrave para a consecução de um
emprego ou de qualquer outro assunto do seu interesse.
Por outro lado, quando na sua qualificação,
a pessoa negra ou simplesmente pobre, declina seu endereço na favela, perante a
esfera policial ou judicial em qualquer processamento, pelo menos conta com 50%
de probabilidade de ser condenada. Pode parecer cruel analisar-se a situação por
este prisma, mas é uma verdade inconteste, que envergonha o ser humano enquanto
criatura de DEUS e, denigre o cidadão brasileiro negro e pobre ou simplesmente
pobre! Aqui, não falamos tão-somente do negro brasileiro pobre; pois, incluímos
quaisquer pobres brasileiros, de quaisquer raças e, em quaisquer regiões do
Brasil. O que nos torna envergonhados e faz-nos invocar o conhecido refrão que
encaixa-se neste lamentável assunto: “Para os ricos os favores da lei” e “para
os pobres os rigores da lei”! A bem da verdade, o citado refrão tem sua veracidade!
Porquanto, se o cidadão é pobre, com certeza não poderá constituir um advogado
especializado em direito criminal, para defender-lhe. Como a lei determina que
o juiz nomeie um defensor público para assistir a quem não poder contratar um advogado,
o cidadão começa a ser derrotado pelo acúmulo de serviços do defensor público
e, muitas vezes, pela sua carência de especialidade em direito penal! Que, não
lhe permite analisar o processo como deveria...
Por sua vez, é obrigatório que o Ministério Público funcione nos processos. Que, em algumas vezes, faz o trabalho do
defensor público e, até o do juiz. Pois, a enorme sobrecarga dos processos, não
dão chance ao Magistrado de examinar todos, com profundidade. Portanto, poderá
ocasionar possíveis falhas processuais, das quais os advogados de defesa recorrerão
junto à instância superior da respectiva capital. Contudo, se também não for
bem sucedido no julgamento do Tribunal Estadual, será necessário recorrer para
os Tribunais Superiores na Capital Federal (Brasília). Porque para quem não
poder pagar um advogado para defende-se junto aos tribunais superiores, não
conseguirá chance de ter sua sentença revisada. Pois, o deslocamento do
processo para Brasília, vai onerar a ida do advogado para praticar a defesa
perante a Capital Federal!
Nessa situação inaceitável, a justiça
afasta-se do cidadão comum pobre, e pobre e negro, neste mister. Razão pela
qual a democracia não atinge a todos os cidadãos brasileiros.
Por conseguinte, se o cidadão não poder contratar um advogado, o recurso não é
feito. Tirando-se a oportunidade de o recorrente injustiçado provar sua
inocência; aí, a consequência será uma condenação injusta! É dessa forma - que
até mesmo involuntariamente – que, a justiça é vista de maneira pejorativa,
pela população brasileira! ...
Mesmo que o cidadão venha a contratar um
advogado para lhe defender na justiça local (onde o processo iniciar-se), mas,
se não for bem sucedido no julgamento, terá que recorrer ao tribunal Estadual
onde o processo houver sido julgado na primeira instância, conforme discorremos
acima, seguindo todos os trâmites que enumeramos. Porque é uma verdade
irrefutável, que não pode ser contestada. A politicagem nacional não atenta para
isso, ou porque não quer enfrentar a realidade, ou porque não há interesse
pecuniário; a chamada “propinarão” ...que tornou-se uma cultura maldita no
parlamento brasileiro! Porquanto, bastaria que o parlamento se empenhasse na elaboração
de leis destinadas a corrigir tamanha injustiça social e antidemocrática!
Contudo, o parlamento não o faz porque essas leis não lhes dão ênfase nas pesquisas
eleitorais, nem a oportunidade de conseguirem “propinas, “conforme dissemos
acima... Por isso, a ausência da democracia sobre os fatos narrados, sempre
prevalecerá atingindo e lesando os direitos fundamentais do cidadão brasileiro,
pelos maus políticos que não interessam-se por uma legislação justa!
CAPÍTULO
XIII -
CRIANÇAS E ADOLESCENTES
As
crianças e adolescentes abandonados, são produtos de uma sociedade falida,
orgulhosa, hipócrita e preconceituosa, que não soube cuidar das suas crianças,
como manda a lei dos homens e conforme prega a Lei de DEUS, segundo os
ensinamentos de JESUS. Nenhuma criança nasce criminosa, e consequentemente, não
há de ser criminalizada como adolescente; pois, ele acabou de ser uma criança.
Logo, se uma criança for devidamente e, corretamente cuidada, jamais ter-se-á
um adolescente criminoso ou infrator (o nome atribuído não importa). No
entanto, a sem-vergonhice da dita sociedade, indica como solução para a sua
deformação social, a maneira mais simples: a punição do menor infrator pelo seu
desvio de conduta; aplicando-lhe a chamada medida socioeducativa, como
justificativa da sua incapacidade de cuidar e educar uma criança, segundo os
parâmetros das duas leis acima referidas.
Na sua típica hipocrisia, a tal sociedade
manda seus legisladores elaborar determinada legislação, depois entregam-na a
um juiz e a um promotor e para ela, tudo estará resolvido! Porém, como nem sempre
a legislação fajuta substitui a educação, a justiça não pode dar jeito na
deplorável situação...e o chamado menor infrator arranja alguma forma de
escapar da imundícia dos “chiqueiros” onde estão depositados e na rua cometem
crime. Incontinenti, alguns desses legisladores também enganadores, como parte da
sociedade que os elegeu, pregam uma solução simplista e inusitada: pregam a diminuição
da idade do menor infrator, a fim de possibilitar a sua criminalização, e
trancafiá-lo! Aí, sim, tudo fica resolvido!
Segundo sua mentalidade de imbecil, que nem poderia ser legislador, com um QI
tão atrofiado!!!
E, de hipocrisia em hipocrisia, a vida
social perversa, vai-se em frente, tornando doloroso o convívio das pessoas de
bem no cotidiano social da Nação Brasileira. Portanto, é necessário que o
cidadão entenda que o adolescente infrator, constitui-se num fruto do abandono da
criança pelo poder público, desde sua idade tenra, sem que, nem as autoridades
competentes nem as pessoas comuns em si, tenham-se dado conta da sua grave
omissão!!!
CAPÍTULO XIX -
VELHICE ABANDONADA
Queremos enfatizar que, se o Brasil ainda
não alcançou
seu desenvolvimento que merece, não é culpa dos idosos; tanto os do passado
quanto os do presente. Se há quem culpar-se pelo atraso no crescimento do
Brasil, essa culpa recairá sobre os governantes que assumiram, as rédeas do País,
e não souberam honrar as suas respectivas gestões. Por
conseguinte, a Pátria, lhes assegurou paz e harmonia e as demais condições
reinadas entre todos os cidadãos brasileiros. No entanto, o Brasil é um ente de
tamanha grandeza, que não caiu nos profundos precipícios que tais políticos
cavaram no seu derredor, exatamente por ser grandioso sob todos os seus
aspectos.
Razão pela qual devemos
considerar os idosos brasileiros, tanto os do passado quanto os do presente,
como pilares da Nação, e não como pesos mortos ou “vagabundos”! Portanto, Todos
os políticos desonestos que administraram o País, salvo exceções honrosas, foram
e são transitórios, porque somente o Brasil é permanente.
CAPÍTULO
XX -
MAZELAS DA PREVIDÊNCIA SOCIAL
Quando trata-se de Previdência Social
nos países desenvolvidos, ela é sinônimo de garantia de vida social digna do
cidadão. Nesses países, o cidadão, uma vez de posse
da identidade fornecida pela previdência social, estará apto a comprar no
crediário, alugar imóvel, automóvel, enfim, porque a credencial da previdência
social rege sua vida individual. De vez que os serviços da previdência social
desses países, impõem e garantem o bem-estar do cidadão. Porque há respeito
pelo bem público, diferentemente do que acontece com a previdência social dos inúmeros
países atrasados. Infelizmente, o nosso Brasil pertence ao rol desses países
atrasados. A nossa Previdência Social vista e comparada pelos países
adiantados, é de envergonhar qualquer nação que se preza. A começar pelo valor
aviltante de cada benefício pago ao aposentado: na sua maioria esmagadora os
aposentados do Brasil recebem sua aposentadoria no valor do nacional salário
mínimo. É um dos salários mínimos mais baixos do mundo! O aposentado que recebe
benefício no valor de salário-mínimo, se não tiver outra fonte de renda, ou
seja, a renda de familiares que arquem com outras despesas do lar, terá que
arranjar um emprego (que também é chamado de “Bico”), para fazer face às suas
despesas para sua sobrevivência; porque a mísera aposentadoria não suporta.
Mesmo assim, é difícil conseguir emprego na qualidade de aposentado, em
decorrência da idade. Por isso, terá que fazer o “bico” ou tornar-se um vendedor
ambulante (mais conhecido como camelô)
A assistência prestada
à saúde do aposentado, pela previdência social, chega a ser em algumas situações,
caso de polícia! Pois, quando são indispensáveis os medicamentos que o
aposentado precisa, chamados de “uso contínuo”; muitas vezes a Previdência Social
reluta para fornecer. Daí, o aposentado ter que recorrer à justiça para que
seja a Previdência, obrigada a fornecer-lhe o medicamento. Mesmo com
determinação da justiça, a desobediência é constante. Por isso, torna-se
necessário que seja ordenada a prisão do funcionário renitente!
Os hospitais da
Previdência Social são altamente precários e, escassos, são ministrados atendimentos
de péssima qualidade! As pessoas são atendidas nos corredores do prédio, por
falta de leitos; são mal equipados, mantêm aparelhagem com tecnologia
ultrapassada e sujeitos a maior incidência de infecções hospitalares. Os
médicos e o pessoal de apoio, são mal remunerados. Exigindo que todos tenham
outro emprego diferente; razão pela qual prestam os serviços com dificuldades
de toda sorte! Incluindo-se ainda, o cansaço dos funcionários, o material e
equipamentos obsoletos. Tudo isso, contribui para a ineficiência da assistência
médica ao aposentado. E assim, resume-se o que é a assistência médica prestada
ao aposentado de baixa renda.
É uma realidade triste,
mas não pode fugir-se dela, porque é constante; é prova da confirmação absoluta
sobre a verdade do benefício previdenciário. Os aposentados de maiores recursos
não recorrem à assistência social, porque usam o seguro de saúde privado, que é
infinitamente mais eficiente que os serviços públicos de saúde. É inaceitável
que isso aconteça em nosso País, mas é um fato inconteste; que prova o que
narramos neste livro.
O segurado da
Previdência Social, recorre aos seus serviços diariamente, segundo as suas
necessidades. Tornou-se rotina lastimável, a morte de pessoas quando acham-se
nas filas vergonhosas! Eis aí, o sofrimento da população carente dependente do INSS,
que é a abreviação do Instituto Nacional da Previdência Social. A
insensibilidade do Poder Público chega a ser assombrosa! É insuportável a inoperância
do poder Público; pois, não melhora e não evita as dificuldades enfrentadas pela
população, na qualidade segurada da Previdência Social. Porém, os políticos enganadores
e corruptos do País, não tomam nenhuma providência para minimizar o sofrimento
do povo! Será necessário que haja profunda
reflexão cívica, para que, cada
cidadão exercite sua cidadania com consciência, na escolha do parlamento e dos
respectivos governantes.
Pois, as mazelas da Previdência
Social, assolam a estrutura social do serviço público, porque são frutos da
interferência nefasta dos políticos que sempre serviram-se do Poder Público, para
locupletarem-se em detrimento da coletividade. Em razão disso, aconteceram os
deploráveis desfalques e roubalheiras do dinheiro da Previdência Social, cujos
escândalos são do conhecimento público. Os desmandos que ocorrem nos serviços
da Previdência Social, tornam claro a escassez de recursos, que poderiam
beneficiar o segurado que não recebe atendimento digno.
Por outro lado, a
Previdência Social remunera mal o seu funcionalismo. O que prejudica a existência
de condições melhores na prestação dos serviços previdenciários ao segurado. Via de
regra, muitos têm que trabalhar noutro emprego ou no chamado “bico,” para
sobreviver ao baixo salário. Por outro lado, a estrutura patrimonial da Previdência
Social sofre com desleixo dos seus administradores; depauperar-se... Seus
imóveis – que somam enorme quantidade em todo o País – são invadidos e
deterioram-se. Muitos desses imóveis,
contudo, acham-se ocupados por influência política, que proporciona à
Previdência Social cedê-los a terceiros para uso particular, pagando preço
simbólico. A exemplo disso, estão as áreas de terras situadas nos centros das
grandes metrópoles, servindo apenas de exploração para os estacionamentos
particulares, de automóveis.
Contrariamente do que
acontece nos países adiantados, onde a sua previdência social significa fator
de prestígio, no Brasil tem sinônimo de fracasso e insatisfação para o segurado!
Nesses países, a própria previdência social acompanha frequentemente, toda a
vida previdenciária do contribuinte segurado, e, sempre o surpreende quando comunica-lhe que já está
aposentado. Acontece exatamente o
contrário do procedimento da Previdência Social do Brasil, onde o aposentado
terá que lutar para provar que já pode aposentar-se. Precisa apresentar provas
impossíveis de fazer por parte do empregado. Pois, vejamos
alguns exemplos disso: se o segurado tiver trabalhado numa determinada empresa
que tenha falido, torna-se
Citamos alguns fatos
que corroboraram com a nossa afirmação. Discorremos a título de comparação
sobre outras previdências sociais de outros países. Agora alaremos da vulnerabilidade
do nosso sistema previdenciário, que é sujeito às mais diferentes fraudes
contra a Previdência Social: por exemplo, muitos segurados impossível ao segurado provar que trabalhou naquela empresa falida...Por outro lado, se o
segurado que teve todos os empregos anotados na sua carteira do trabalho, mas,
se tiver extraviado este do documento,
não terá como provar suas contribuições para a Previdência Social. Razão pela
qual não poderá aposenar-se!falecidos continuam constando como se vivos
estivessem. Há pessoas inescrupulosas que recebem a aposentadoria dos mortos;
outras conseguem a aposentadoria sem ter direito a ela. Portanto, isso faz da
administração da Previdência Social, uma verdadeira baderna!
CAPÍTULO
XXI -
EXCLUÍDOS DO DIREITO DE MORAR
Falaremos do cidadão que não poderá
pensar na possibilidade de comprar um imóvel financiado pelo sistema
habitacional. Porque, para o seu cadastro, simplesmente ele não existe.
Lembraremos aqui, daqueles cidadãos dos quais falamos no início, que são
adjetivados de favelados. Esses brasileiros, que formam milhões deles em todo o
território nacional, jamais poderão recorrer ao financiamento da casa própria.
Mesmo que não sejam todos desempregados, os que forem empregados com registro
na carteira do trabalho, mas, se residirem na favela, não serão aprovados para
obter financiamento dos agentes financeiros do sistema nacional de habitação;
pois, além de contarem com a renda insuficiente, não terão endereço aceitável
pelos referidos agentes financeiros.
O governo atual detectou tamanho drama do
habitante das favelas em todo o País, e lançou o projeto “Minha Casa Minha
Vida”. Que proporcionará a aquisição da casa própria pelo favelado excluído do
sistema habitacional nacional. Porque as condições de pagamento das prestações,
praticamente, são simbólicas. O cadastramento para esses cidadãos, difere do
cadastramento procedido pelos agentes financeiros. É o espírito humanitário do
mencionado projeto, que irá proporcionar gradativamente, a aquisição da casa
própria para os cidadãos das respectivas favelas, que são excluídos do sistema
financeiro de habitação. Estatisticamente, o Brasil possui cerca de 30% da
população urbana residindo nas piores condições de
segurança e higiene. Nas encostas os riscos de desabamento são constantes: a
falta de base estrutural do terreno estabelece o risco de deslizamento do solo
encharcado e sujeito ao perigo do desmoronamento inevitável, principalmente,
quando caem as chuvas pesadas de verão. O constante perigo ronda as habitações
construídas nas encostas e nos morros que circundam as cidades, ao longo do
território nacional – mocambos e palafitas, são os nomes técnicos empregados
pelas Nações Unidas – conhecidos como barracos, pelos seus habitantes. Por
conseguinte, é o espelho do que retrata a vida residencial do cidadão que está
excluído dos projetos de financiamento da casa própria, pelo sistema nacional
de habitação.
A prevalecerem as
estatísticas da ONU, (25% de favelados), corresponderão cerca de quarenta e
dois milhões de brasileiros que habitam às margens do programa habitacional do
Governo e não constam no referido programa, porque habitam as favelas e os
loteamentos desestruturados. Embora as estatísticas do Governo, apontem o
déficit de cerca de treze milhões de moradias, só valem para as chamadas
moradias normais; não incluindo-se as moradias das favelas. Porquanto, se
fossem somados os quarenta e dois milhões de habitantes das favelas de todo
Brasil e, se fossem consideradas habitações normais, o déficit habitacional não
seria só de treze milhões, mas sim de cinquenta e cinco milhões. É necessário que
as colocações sejam feitas com clareza, até para que construa-se uma projeção
correta das dificuldades habitacionais no âmbito nacional. O que não é o forte
dos governantes brasileiros. Sempre astutos e hábeis, na maquiadora da realidade.
De qualquer forma, o
financiamento da casa própria é tímido, porque o sistema exige renda do
mutuário, absolutamente dissociada da realidade brasileira! Porque os prazos
estabelecidos nos contratos são curtos; incidindo maior valor da prestação. Por
isso, a exigência do tamanho da renda familiar impossibilita o ingresso de mais
pessoas no sistema nacional de habitação. Pois, se o prazo for longo, o próprio
imóvel torna-se eficiente garantidor do empréstimo.
É óbvio que os
operadores bancários não veem com bons olhos, seu compartilhamento como agentes
do financiamento da casa própria; porque seus lucros auferidos noutros tipos de
operação financeira, são mais atraentes do que financiar a aquisição de
moradias populares. De um jeito e de outro, o déficit habitacional tende a
crescer cada vez mais, sem que as políticas destinadas a minimizar tão grave
situação, não sejam altamente tímidas; porque não oferecem outras alternativas
encorajadoras para afastar-se o fantasma da falta de moradias decentes, para a
população brasileira.
CAPÍTULO XXII -
FLAGELO DO SANEAMENTO SANITÁRIO
BÁSICO
As autoridades não divulgam, para não
alarmar a população. Todavia, o Brasil conta com cerca oitenta milhões da sua
população, sem saneamento sanitário básico. É deveras, um índice assustador!
Mas, é o retrato da realidade quanto ao saneamento básico nacional. O País
dispõe dos recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), que atinge
a cifra de bilhões de reais, contudo, nem com isso, é solucionada a ausência de
saneamento básico! Pois, não há políticas sérias neste mister, nem no emprego
dos referidos recursos! ...
O Poder Público emprega
mal, os recursos públicos, os quais deveriam ser preventivamente, aplicados na
preservação da saúde da população; porque tornar-se-iam menos dispendiosos os
custos efetuados com o tratamento da imensidão de pessoas que recorrem aos
hospitais públicos e a outros setores da saúde pública, tais como os postos de saúde,
se houvesse a profilaxia. A prevenção é a melhor forma de evitarem-se as
maiores consequências das doenças não debeladas por ausência de previsão. A
profilaxia é a atitude certa; quando consegue-se arrancar o mal pela raiz; ele
jamais se alastrará, e jamais trará maiores danos à população, se for cuidado
preventivamente.
No Brasil,
infelizmente, não temos o hábito da aplicação da profilaxia. Razão pela qual a
saúde da população é precária e o País gasta muitos recursos com o tratamento
das doenças que acometem as pessoas mais carentes e desprovidas de planos de
saúde particulares. Mesmo com todos os gastos elevados que o Poder Público tem
com o tratamento da saúde do povo, nem todos os objetivos são atingidos; e uma
apreciável parte da população recebe tratamento precário! Aumentando seu
sofrimento nas quilométricas filas formadas ao longo dos hospitais públicos.
Tudo isso, decorre da ausência de melhor aplicação das verbas públicas. Que,
muitas vezes, são desviadas da sua finalidade! ...
Como já dissemos, a
população brasileira ainda morre nas filas dos hospitais, antes de ser atendida
pelos médicos. Fato que é inadmissível numa nação civilizada. Situação esta,
que nos deixa tristes, porque a carapuça nos assenta firmemente! Surge, pois, a necessidade da modificação das
políticas de saúde pública, com urgência, urgentíssima, a fim de tirar-se o
Brasil dessa vergonhosa situação! Se houver firme reflexão por parte do cidadão
brasileiro, um dia escolheremos para governar o País, políticos de bom senso.
Com isso, é possível que o povo brasileiro tenha seu dia de glória! ...
A depuração por ocasião
da escolha dos nossos representantes junto ao Poder Legislativo e dos nossos
governantes junto ao Poder Executivo, nos assegurará que não vamos nos
arrepender da preferência política. A decepção do eleitor com sua má escolha, é
mais dolorosa do que sua hesitação na hora de teclar a máquina de votar! ...
CAPÍTULO
XXIII -
DRAMA DO ANALFABETO
Falamos dos motivos que norteiam os destinos de um povo: são os que o tornam mais ou menos
feliz, os que da mesma forma, o tornam saudável ou doente, educado
integralmente ou educado em parte; alfabetizado ou alfabetizado em parte. São
fatores dos mais variados matizes, que a mente humana possa entender. A
pergunta é a seguinte: o ser humano analfabeto entenderia tudo o que as mentes
mais instruídas entendem? Logicamente, diríamos que não. O analfabeto tem os
seus direitos humanos lesados, no mais sagrado da sua essência, atribuída à
pessoa enquanto criatura de Deus! Pois, negando-se-lhe o saber, negar-se-lhe-á
o direito de alcançar a verdade. Porque a verdade é a trilha única que conduzirá
o ser humano a felicidade neste conceito. Diríamos que a pessoa analfabeta, por
natureza, é uma pessoa infeliz. Embora nosso ponto de vista conceitual seja
dessa forma de entender, ao compararmos o comportamento das pessoas analfabetas
com o das pessoas letradas, tivemos o
cuidado de atinar para a possibilidade de o analfabeto possuir uma outra forma
de felicidade pessoal. Contudo, nos limitamos ater-nos focando ao conceito
educacional.
CAPÍTULO XXIII -
ANALFABETO ELEITOR
A
legislação eleitoral admite o voto do cidadão analfabeto. Porém, discordamos
desse mote político, porque entendemos que, mais importante que votar nas
eleições, exercendo seu direito cívico, é o direito à educação (pelo menos a
alfabetização do cidadão). Pois,
sobejamente, sabe-se que o interesse dos legisladores, de concederem o direito
de votar, aos eleitores analfabetos, esconde intenções subalternas: porque, o
voto do analfabeto, automaticamente, institui-se no conhecido “voto de
cabresto”! Em virtude da necessidade de alguém preparar a chapa
pré-determinada, na qual o eleitor analfabeto depositará o seu voto!!!
CAPÍTULO
XXIV -
COMPORTAMENTO DA PESSOA DOENTE
A doença traz
ao ser humano a possibilidade da sua derrocada; que prejudica não só o corpo
físico, como também atinge sua alma, nas suas profundezas íntimas; atinge até
seu elo com o Criador. A doença é simplesmente terrível! Para você ter ideia, coloque-se
no lugar daquelas pessoas que, além de estarem doentes, por motivos diversos, ainda
sofrem fome e miséria de em outros países igualmente pobres; o Nordeste toda
sorte de privações? Pode dizer-se que essas pessoas estão acometidas das mazelas decorrentes do padecimento causado pela
fome e miséria que atormentam os seres humanos; não só no Brasil, mas também e
o Norte brasileiros, por exemplo, estão recheados de doenças endêmicas na
população brasileira. Enquanto o mundo científico descobriu o remédio eficaz
que debelou a paralisa infantil, as doenças tropicais ainda estiolam o povo
brasileiro!
O exemplo disso
espelha-se nas doenças transmitidas por insetos, tais como o mosquito, o
besouro barbeiro, o caramujo, e tantos outros chamados transmissores das
doenças ditas tropicais. O sarampo, a catapora e tantas moléstias de natureza
tropical, que deveriam estar extintas, contudo, não estão; porque as políticas
de saúde pública não mostram-se sérias e não há o devido respeito aos direitos
do povo, assegurado pela Constituição Brasileira.
As chamadas doenças de
pobres concentram-se nas mencionadas doenças tropicais. Porque os ricos morrem
do mal do coração, do câncer e outras doenças de luxo, porque são
diagnosticadas por meio de exames sofisticados, modernos e caros, porque podem
pagar aos planos de saúde particulares de luxo; daí, a dizer-se que foram acometidos
por doenças de luxo. É claro que não há doenças de luxo; é que o pobre não
tendo como ir a fundo, nos exames médicos, nem sabe que também é portador das
doenças dos ricos! Só lhe restando saber das doenças tropicais; são doenças
rotineiras, das quais os pobres são as presas fáceis... Pois, se seus exames
médicos fossem realizados nos moldes que são realizados os dos ricos, teriam
mais precisão dos seus males? Que a bem da verdade, todas as doenças são
iguais, como igual é a morte para todos os seres humanos.
A Constituição
Brasileira assegura ao povo, direitos à saúde, à educação à segurança e outros,
porém, tais garantias constitucionais do cidadão, ainda estão no “papel”, ou
seja, constam na Carta Magna, contudo, não foram postos em prática, totalmente.
Esta é a grande diferença entre o direito que o cidadão tem garantido, e o que
exercita! Entre possuir-se um direito e usufruí-lo
. Outros países latino-americanos sofrem das mesmas mazelas políticas
e, das mesmas cá, há uma distância diametral! Porque os governantes sabem que
os povos analfabetos – na sua boa parte – efetivamente não têm condições de
exigir seus direitos!
A América Latina, por
exemplo, é campeã desse tipo de legislação irreal, porque na prática, exercita
justamente o contrário do que acha-se previsto nas constituições e nas leis que
elaboraram e sancionam! Não é só no Brasil que a população sofre da
monstruosidade do analfabetismo urências estruturais, tanto no que diz respeito
à educação do povo, quanto no atendimento nos serviços de saúde pública. A
lástima está nas entranhas do continente! Observe-se que, em tudo, os povos
latino-americanos são parecidos: diz-se que a pobreza e a miséria não têm
fronteiras. Concordamos plenamente, pois, a etnia de certos povos confunde-se.
A índole, também. Não será a separação física territorial que influenciará nas
diferenças de comportamento ou filosofia de alguns povos continentais.
No que tange às migalhas, visando manter ou colocar os jovens
nas escolas, sua eficácia é nula ou quase isso, pelos seguintes motivos: a
minguada ajuda que o Poder Público dá, visando a manutenção do aluno na escola,
não representa a fábula que o Governo penso mostrar à opinião pública; porque
as dificuldades e carências de toda ordem, são tantas que, o incentivo público
pouco vai influenciar na mentalidade do aluno, porque a ajuda pecuniária vai
encontrar interesse, não nos estudos, mas sim, no consumo familiar. No Brasil,
e especialmente no Norte e Nordeste, a extrema pobreza e miséria, assolam a
maior parte da população jovem na idade escolar, em decorrência das condições
precárias que as escolas oferecem aos alunos: as dificuldades de transportes, a
ausência de merenda escolar suficiente e adequado às regiões; a carência e
preparo de professores, a precariedade
das instalações escolares, as dificuldades de todas as espécies enfrentadas, tanto de energia elétrica quanto
de água potável, que contribuem para a prejudicial repetência, de alunos, em
alta escala, afugentando-nos; e engrossando
o caudal do analfabetismo nacional que tanto envergonha este País!...
Por mais que o Poder Público possa empenhar-se para auxiliar as famílias com
algumas vantagens pecuniárias, a referida ajuda não influenciará. Porque não proporcionará
estímulo para os estudantes, e assim, para as famílias carentes.
Existe Ainda, o
agravante, das interferências políticas locais, nocivas ao programa do Governo,
que torna difícil a conciliação do recebimento do auxílio-dinheiro, com os
períodos do ano letivo. Por isso, voltamos a afirmar que as políticas públicas
também neste setor, estão carecendo de reformulação, sob pena de provável
fracasso do mencionado programa do Governo. Em tempo algum, os governantes do Brasil
empenharam-se com afinco, na educação do povo; no entanto, agora tenta remendar-se
de maneira gradativa, porém, inadequada!
Por redundante que
possa parecer-se, a implantação de um programa educacional no País, é algo
sério. Não admite improvisos, como são costumeiros; exige preparo estrutural e
pedagógico. A nosso ver, não é isso que está ocorrendo com o programa;
observa-se que o mencionado programa está desprovido de planejamento. Por
outras palavras: o governo tenta minimizar com recursos pecuniários, a pobreza
das famílias, que têm crianças fora das escolas, muitas vezes, porque não têm a
mínima condição de frequentar as aulas, porque as famílias precisam do seu
trabalho para sustentarem-se.
A educação é a base
fundamental de toda sociedade civilizada. No jargão, o discurso é bonito. Na
prática é muito diferente! Tratam-se de famílias que habitam regiões muito
pobres. São regiões quase todas rurais; desprovidas dos meios existentes nas
regiões urbanas. Diferem-se em tudo: para começar, não há asfaltamento das ruas
e muito menos das estradas locais; o povo não tem transportes coletivos
decentes, as instalações elétricas são precárias e, às vezes, não têm; via de
regra, o consumo de água provém de poços artesianos em geral, e das cacimbas
(no Nordeste), cujo seu tratamento é individual e muitos não tratam a água
consumida. Esgotos sanitários simplesmente não existem!
É comum, as crianças
não terem como vestir-se e calçarem-se adequadamente, para comparecer à escola;
por outro lado, as crianças não têm como resistir à distância entre o seu lar e
a escola. O fato requer detida análise quanto às peculiaridades: trata-se do
cotidiano de regiões diferentemente das regiões urbanas mais adiantadas. Ao longo
do território nacional, são regiões formadas das mais diversas peculiaridades e
com condições sociais dos mais diferentes matizes. No que diz respeito à
estruturação educacional pública, ela mostra-se sob diversos aspectos sociais e
financeiros. É do conhecimento público, a existência de escolas paupérrimas,
estruturalmente, assim consideradas; haja visto que muitas delas que são situadas
nos lugares rurais, são constituídas de piso de terra batida, cobertas com
palhas de palmeiras e desprovidas de banheiros e de energia elétrica. Os alunos
e as demais pessoas que fazem a dita escola funcionar, precisam fazer suas
necessidades fisiológicas nos arredores, constituídos de matagal.
Por conseguinte, não há
mais lugar para os sofismas, para as improvisações – muitas vezes com fim
eleitoreiro - que tanto têm prejudicado o nosso povo e, atrasado o
desenvolvimento do nosso País! A educação significa o bem mais precioso que uma
nação deve legar aos seus concidadãos... Eis porque, a educação do cidadão
representa a base fundamental da sua vida enquanto cidadão, enquanto pessoa
humana, levando sua evolução a superar os mais incríveis obstáculos da sua vida
civil. Incluindo-se também nos benefícios que a educação proporciona à pessoa, está
a preservação da sua saúde. Por meio da leitura das mais variáveis informações
instrutivas, as pessoas bem informadas têm muitas maneiras de precaver-se dos
riscos e perigos que a vida está sujeita a enfrentar! ... No entanto quando se
está prevenido deles – com a informação através da leitura – as precauções que
tomar, poder-se-ão evitá-los.
Por tais razões, como
já sustentamos acima, o País que insistir em manter seus cidadãos analfabetos,
estará cometendo um crime contra os direitos humanos – mesmos que as leis e
tratados internacionais ainda não cuidem deste tema, dessa forma - dessa maneira entendemos o absurdo que gera o analfabetismo,
não só no Brasil, como também em todo o Planeta. O tormento que um ser
analfabeto enfrenta não deve deixar-se em brancas nuvens, achando-se coisa
natural e isenta da responsabilidade e da sensibilidade da sociedade de cada
país; pois, constitui-se numa agressão a criatura de Deus. O analfabetismo de
cada país agride a toda a Humanidade como um todo... Ele transpõe todas as
fronteiras do bom senso e a dignidade de todos os povos. Portanto, o
analfabetismo deve ser tratado e encarado pelo ponto de vista global!
O analfabetismo, além
de gerar insegurança nas pessoas, cria o ensejo para os inescrupulosos que
aproveitam-se da falta de conhecimento das pessoas, para enganá-las. Por outras
palavras, ao analfabeto só lhe resta o emprego refugo... Pesado, desgastante,
que outras pessoas instruídas não aceitaram. Se não fosse a ajuda da tecnologia
(facilitada pelas transmissões das telecomunicações, as notícias e as
informações que o analfabeto capta sem a necessidade da leitura), ele estaria
ainda mais às margens do avanço vertiginosamente, usufruído pela Humanidade.
Há outro aspecto moral que
atormenta o analfabeto: enquanto ele se esforça para legar ao seu filho, aquilo
que não teve dos seus ancestrais, com as exceções meritórias, sabe-se que os
filhos têm vergonha de seus pais analfabetos, perante os seus amigos e colegas de escola; a
mentalidade infantil não concebe que, antes de tudo, o analfabeto não é uma
pessoa defeituosa, da qual se possa ter vergonha, é uma vítima do seu próprio País, é um injustiçado pelo miserável
preconceito social, digno da mais profunda solidariedade humana e cristã. O
descaso dos governantes para com a alfabetização dos seus concidadãos justifica
a ausência de seus esforços para extinguir o analfabetismo: Há que
considerar-se que os tempos mudaram, as
tecnologias avançaram e s aprimoraram-se; as ciências igualmente avançaram na escalada científica mundiais, no entanto, a mentalidade tacanha de muitos governantes, lhe faz manter um ser humano, na escuridão do
saber, significando verdadeira aberração, que contraria a evolução que a Humanidade
conquistou até aqui. Cumprindo destacar-se dentre outras, as façanhas cometidas
pela ciência e tecnologia, adentrando-se no espaço sideral, levando o homem a
pisar no solo lunar, e construir suas engenhocas no cosmos; Tudo isto, mostra
que a manutenção do analfabetismo, contraria os princípios do progresso humano!
CAPÍTULO XXIV -
BUROCRACIA NA ADOÇÃO DE CRIANÇAS
E ADOLESCENTES
Aqui, discorreremos sobre um tema que nos
parece paradoxal, se fizermos uma clara confrontação com a realidade das
pessoas interessadas na adoção de crianças e adolescentes abandonados, com as
dificuldades de adotá-los, no Brasil. Não falaremos sobre os países igualmente infelicidades
pelas mesmas mazelas, porque não conhecemos suas respectivas legislações
pertinentes ao assunto. No Brasil, contudo, há legislação que rege o
procedimento de adoção de crianças e adolescentes, mas, ao nosso ver, são leis
tímidas que não atribuem maior empenho às autoridades incumbidas de processar e
decidir sobre à dita adoção. Para começar, a lei existente, não impõe
prioridade e, acuidade no processamento da adoção. Pois, para tanto a lei que
rege a matéria de adoção, deveria impingir ao Magistrado e ao Ministério
Público, maior celeridade no procedimento de adoção. Portanto, espantando neste
mister, a repugnante burocracia que reina em quase todos os setores dos
serviços públicos! ...
Não criticamos nem contestamos as
precauções ou práticas cautelares que são procedidas no processo de adoção;
porém, o excesso delas, prejudica a população adotante e, sobretudo, prejudicam
às pessoas que precisam ser adotadas. As medidas cautelares, sem dúvida, terão
que preexistir, visando evitar-se a malevolência dos elementos praticantes do
tráfico de pessoas. Todavia, não é motivo suficiente para um processo de adoção
arrastar-se durante muitos anos, enquanto os adotando padecem em abrigos
inadequados e penosos, à mercê de uma decisão judicial que eterniza-se para
enfim, possibilitar a adoção de uma criança ou adolescente infelizes – porque pertencerem
a uma sociedade falida! Nunca uma
legislação especial voltada para a boa prática da adoção de crianças e
adolescentes, teve eco no parlamento brasileiro. Mesmo tratando-se de interesse
puramente humanitário; pois, estamos falando de seres humanos em idade tenra,
assolados por sofrimentos causados pelos cruéis abandonos motivados pelas mais
diferentes circunstâncias. Nem assim, o parlamento comove-se!
Não será necessário invocar neste caso, a
indulgência do empresariado nacional, porque também ignora – com exceções
honrosas – os sofrimentos de uma criança abandonada. Razão pela qual atrevemo-nos
dizer que seria difícil da sua parte, pagar “propina” a membros do parlamento,
para aprovarem leis benéficas à adoção ágil, de criancinhas abandonadas!
CONCLUSÃO
Ao concluirmos este livro, queremos
justificar seu título, enfatizando nosso entendimento para titular “O BRASIL
DOS EXCLUÍDOS;” levando-se em conta a existência de vários Brasis dentro do nosso
retumbante “Brasil Brasileiro”. Primeiro, falaremos do Brasil
físico: que está situado na área territorial de 8.515.767,049km2 e, que tem
7.491km de litoral; tem o maior rio caudaloso do mundo. O Rio Amazonas. Tem a
maior floresta tropical do mundo. A Floresta Amazônica. A área territorial do
Brasil, corresponde a 47% do território da América do Sul. Portanto, é o maior
país da América do Sul.
Falaremos agora, do Brasil demográfico: com a atual população em torno de
duzentos e dois milhões de habitantes. Cuja sua etnia é composta de 38% de
indivíduos brancos; 40% de indivíduos negros; 20% de indivíduos mestiços e 2%
de indivíduos amarelos.
Abordaremos o Brasil
agropecuário: como o produtor de cerca de duzentos e dois milhões de
toneladas de grãos, anualmente; é o maior
produtor de café, do mundo; é o 2º maior
produtor de soja do mundo: é o 3º maior produtor de algodão do mundo; é o 2º
maior produtor de etanol, do mundo; é o
3º maior produtor de milho do mundo; é o
5º maior produtor de cacau, do mundo; possui a 2ª maior empresa mineradora do
mundo, na qualidade de 1ª empresa privada brasileira, a Vale S.A.; possui a 1ª
estatal no ranking nacional e a 4ª maior empresa produtora de petróleo, do mundo: a Petrobrás;
ocupa a 7ª posição de fabricante de automóvel, do mundo; possui o maior rebanho
bovino do mundo; possui o 3º maior rebanho
suíno, do mundo; é o 1º produtor de
frango, do mundo e 2º exportador de carne de frango, do mundo.
O Brasil das
desigualdades sociais: sobre as quais, discorremos
sobre os diversos matizes do Brasil; porém, nos deteremos no foco social que,
certamente, seu tema esmaecer-se-á diante dos fatores positivos que enumeramos
acima, que contrastam com todas as adversidades que realçamos quanto à pobreza
extrema, em comparação com a posição potencial do Brasil socioeconômico e na
condição de País emergente. Contudo, se houver uma consolidação de caráter igualitário, poderá
tornar-se o País “Celeiro do Mundo”, conforme profetiza a Espiritualidade Superior.
Porquanto, aquele Brasil da pobreza, da então miséria, que a ONU afirma haver sido
extirpada, dará lugar a um Brasil justo para com todos os seus cidadãos, sem
discriminação de raça, de religião, faixa etária, credo, posição socioeconômico,
ideologia política ou partidária, que nos fará um povo feliz, imbuído do lídimo
sentimento cristão, nos fazendo cada vez mais pacíficos e prósperos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
BRASILEIRA
ONU – Organização das Nações
Unidas
INCRA- Instituto Nacional de
Colonização e Reforma Agrária
ECA – Estatuto da Criança e
do Adolescente
LEI DE EXECUÇÕES PENAIS
WIKIPÉDIA – Enciclopédia...
IBGE- Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística
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